O nome do show indica que já fazem quatro décadas – mas, na verdade, João Bosco está há mais tempo do que isso na estrada: o pontapé inicial é considerado o compacto editado pelo jornal O Pasquim em 1972, com Agnus Sei de um lado e Águas de Março do outro. A efeméride, portanto, é outra: o cantor, compositor e violonista mineiro volta a Porto Alegre para comemorar 45 anos de carreira com um show neste domingo, dia 28, no Teatro do Bourbon Country, às 20h.
Acompanhando-se ao violão, Bosco deve apresentar alguns de seus grandes sucessos, tendo como referência o CD e DVD que dá nome ao concerto, 40 Anos Depois, lançado em 2012, que contou com as participações de nomes da realeza da MPB como Chico Buarque, Milton Nascimento, João Donato, Roberta Sá, Toninho Horta, Trio Madeira Brasil e Cristóvão Bastos.
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– Me sinto bem à vontade nesse formato, o repertório é amplo, generoso. Tenho que cantar músicas como O Bêbado e a Equilibrista, Papel Machê e Corsário, que as pessoas gostam de escutar. Mas, no meio disso tudo, há espaço para mostrar músicas de outros compositores, que é uma coisa que eu sempre faço – contou Bosco em entrevista a Zero Hora por telefone desde o Rio de Janeiro, onde apresentou esse show na quinta-feira.
Milagre e Vatapá, de Dorival Caymmi, e Água de Beber, de Tom Jobim, por exemplo, estão entre as prováveis canções que serão lembradas ao lado das músicas de Bosco e seus parceiros. Falar dos ídolos, por sinal, motiva o artista a lembrar de episódios marcantes de sua trajetória:
– Vou cantar Fotografia, do Tom Jobim, que remete ao início da minha amizade com Vinicius de Moraes. Conheci o Vinicius em Ouro Preto, em 1967, na casa do Carlos Scliar, grande pintor gaúcho que foi meu amigo a vida inteira. Pois foi lá que o Vinicius me convidou para conhecer o Rio. Quando cheguei, a impressão que tive foi exatamente a de Fotografia. Sinto como se a bossa nova tivesse aquela cor, da madrugada que vira manhã.
João Bosco ainda deve interpretar no show de domingo clássicos como Agnus Sei e Caça à Raposa, além de Tarde, Trem Bala, Tanajura, Tudo se Transformou e Eu Não Sei Seu Nome Inteiro. Sinhá, parceria com Chico Buarque, também está no setlist – segundo Bosco, a bela canção fará parte ainda do seu próximo álbum, que provavelmente vai se chamar Outros Tempos:
– O disco terá 13 faixas, todas inéditas, com exceção de Sinhá. Tem parcerias com Arnaldo Antunes, Aldir Blanc, Roque Ferreira, umas quatro ou cinco com Francisco Bosco (filho de João). O álbum sai em agosto.
JOÃO BOSCO - 40 ANOS DEPOIS
Domingo, às 20h. Classificação: Livre. Duração: 75 minutos.
Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80, segundo andar, no Shopping Bourbon Country).
Ingressos: R$ 120 (mezanino), R$ 140 (plateia alta) e R$ 180(camarotes e plateia baixa). Descontos de 50% para sócios do Clube do Assinante nos primeiros cem ingressos e de 10% nos demais ingressos.
Pontos de venda: com taxa de conveniência: no Ingresso Rápido, Call Center: 4003-1212, Agência Brocker Turismo (Av. das Hortênsias, 1.845, em Gramado), Universidade Feevale (Rua Coberta, Campus II, em Novo Hamburgo) e Bourbon Shopping Novo Hamburgo (Av. Nações Unidas, 2.001, no segundo piso); sem taxa de conveniência: bilheteria do Teatro do Bourbon Country.