Porto Alegre tem tradição de abrigar e também receber com entusiasmo bandas cover que prestam tributo a ídolos da música de diferentes gêneros e épocas. Neste sábado, no palco do Araújo Vianna, às 21h, o totem homenageado será o The Police. Mas esse espetáculo traz uma peculiaridade sedutora ao fãs do grupo britânico. Um dos músicos sobre o palco é o guitarrista inglês Andy Summers, sócio fundador do trio completado pelo cantor e baixista Sting e pelo baterista Stewart Copeland.
Quem faz as vezes de Sting é Rodrigo Santos, do Barão Vermelho, enquanto o encarregado por emular a quebradeira de Copeland é João Barone, titular das baquetas nos Paralamas do Sucesso.
O nome do projeto é Call The Police, que teve origem na mais recente das muitas viagens de Summers ao Brasil desde o fim do The Police, em 1984 – a banda voltou a se reunir em 2007 para uma grande turnê mundial, que não passou por Porto Alegre. O guitarrista é apaixonado pela música brasileira e, em meio a seus trabalhos solo, já gravou compositores como Egberto Gismonti e Tom Jobim ao lado do guitarrista argentino naturalizado brasileiro Victor Biglione e trabalhou com nomes como Roberto Menescal e Fernanda Takai.
– Meu primeiro contato com a musica brasileira foi através do filme Orfeu Negro (1959), quando eu tinha 16 anos. Fiquei fascinado com a música de Luiz Bonfá e Vinicius de Moraes – diz Summers em entrevista a Zero Hora.
Alguns anos atrás, Summers conheceu Rodrigo no Rio de Janeiro e começaram a fazer shows que combinavam canções do The Police e do Barão Vermelho. O britânico teve uma música sua gravada pelo brasileiro no disco Motel Maravilha (2013).
– Quando toquei com o Rodrigo, fiquei fascinado com sua voz e o quanto é um grande baixista. A missão de cantar e tocar baixo é para poucos, e ele é um artista espetacular. Sobre o Barone, muitos me falaram que ele sempre teve Stewart como inspiração, e pude comprovar quando o conheci. É um baterista extraordinário.
O repertório do show traz um desfile de hits que o Police emplacou nos cinco discos lançados entre 1978 e 1983, como So Lonely, Roxanne, Message in a Bottle, Every Little Thing She Does Is Magic e Every Breath You Take. Segundo Summers, não deve pintar nada além, como nos outros encontros.
– Terá somente musicas do The Police. Este show é um tributo para o Police, ou seja, para mim mesmo (risos).
Esta não será a primeira vez de Summers em Porto Alegre. O guitarrista se apresentou na Capital em 1987 com o Rush Hours, supergrupo que formou com Copeland e o baixista Stanley Clarke. Voltou tocando com o guitarrista John Etheridge e também apresentando sua parceria com Biglione. Para saber mais sobre a trajetória de Summers e de sua grande ex-banda, está no catálogo da Netflix o documentário Can´t Stand Losing You – Sobrevivendo ao The Police (2012), do qual é o protagonista .
– É a história do The Police sob o meu ponto de vista. Foi uma experiência maravilhosa poder falar da minha história dentro da banda e do início da minha carreira.
Sobre uma nova reunião com Sting e Copeland, Summers avisa:
– Muitos me fazem essa pergunta, mas não existe nenhum plano para o momento.
Provável repertório
Synchronicity
Walking on the Moon
Driven to Tears
Spirits in The Material World
Hole in My Life
Invisible Sun
Bring on The Night
Tea in Sahara
So Lonely
Can't Stand Losing You
Roxanne
Every Breath You Take
Message in a Bottle
Bis
Every Little Thing She Does Is Magic
Next to You
CALL THE POLICE
Sábado, às 21h. Classificação:livre
Auditório Araújo Vianna (Av. Osvaldo Aranha, 685). Abertura às 18h, com DJs da festa Balonê.
O show: Andy Summers, Rodrigo Santos e João Barone tocam clássicos da banda The Police.
Ingressos: de R$ 80 a R$140. Sócios do Clube do Assinante têm descontos de 50% (limitado a cem ingressos) e 10% (nos demais). Venda sem taxa de conveniência: Teatro do Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, nº 80 / 2º andar , das 10h às 22h) e no local (amanhã, a partir das 14h). Venda com taxa: ingressorapido.com.br e call center 4003-1212 (das 9h às 22h).