Britânica na casinha
Pela quarta vez em Caxias, sendo a segunda no MDBF, a britânica Bex Marshall é uma das atrações no Front Porch Stage (a popular casinha), às 19h e à 1h30min. Guitarrista, cantora e compositora, ela resume o festival como "um encontro emocionante de talentos".
– As jams (encontros de músicos) são a mágica sobre a qual o festival é construído. O blues provoca mais emoção do que qualquer outra música. Os fãs de blues são verdadeiros amantes da música. Um amante de blues é para a vida toda – comemora.
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Recém indicada a melhor artista de blues acústico solo da Europa, Bex diz que o contato com os fãs a deixa feliz e que espera repetir a dose em Caxias.
– Porque eu sou uma cantora, guitarrista e compositora, há muitas influências no meu trabalho. Minha inspiração para cantar começou com Tina Turner quando eu era jovem. Janis Joplin eu conheci logo depois. Memphis Minnie e Sister Rosetta Thorpe são duas outras grandes cantoras de blues no meu Top 10. Os guitarristas são muitos: John Lee Hooker, Howlin Wolf, Django Rhienhart, Chet Atkins – cita.
Conexão espiritual
Guitarrista de B.B. King por mais de três décadas, o trompetista texano James "Boogaloo" Bolden, sobe ao Bottle Tree Stage à 0h30min para um show marcado por composições dos dois discos solo que já lançou: Playing to the King (2007) e No News, 'Jus' The Blues (2013). Suas referências passam, entre outros, por nomes como Bobby Blue Bland, Albert King, Little Milton, John Lee Hooker e Etta James.
– Meu estilo é a combinação de blues, R&B, soul music e jazz. É algo que faz você querer se mover ou sair dançando – promete o músico, que também já trabalhou com ninguém menos que Duke Ellington Orchestra, Stevie Wonder, The Temptations e The Supremes.
Aos 66 anos, "Boogaloo", apelido que recebeu de B.B. King por conta de sua empolgação no palco (boogaloo é uma dança latina), quer contagiar o público de Caxias do Sul com sua paixão pelo instrumento.
– O trompete é minha conexão com a vida. É minha conexão espiritual com Deus e com todas as coisas criadas – afirma.
Mistura de influências
O californiano J.P. Soars escolheu o MDBF para sua estreia no Brasil. Com três shows na programação do festival (sexta, no Front Porch Stage, às 21h10min e às 23h20min, e sábado, no Bottle Tree Stage, à 0h30min), o guitarrista aprendeu a tocar na infância, época em que o violão do pai esteve sempre presente. Um show de B.B. King, em 1988, despertou nele o interesse em tocar blues. Antes de dedicar-se exclusivamente ao blues, porém, transitou até 2005 pelo metal, influência que é nítida em suas performances atualmente.
– Vai ser uma mistura de nossas influências embrulhadas em um só show. Haverá muito blues, alguns gypsy jazz, talvez um pouco de influência latina e algum rock and roll ao sabor de J.P. Soars – adianta.
"Blues é vida"
"Respeitar sempre o público, porque você precisa do público e não o contrário."
Fazendo dos ensinamentos do lendário Howlin' Wolf um lema de vida, Tail Dragger, 76 anos, retorna a Caxias do Sul, onde se apresentou em abril no Mississippi Delta Blues Bar, para seu primeiro MDBF. Quem assistir ao show do norte-americano, às 22h15min, no palco principal, verá um representante do autêntico blues elétrico ou "o verdadeiro blues", como Dragger gosta de falar:
– O blues é vida. Quando você vive, você tem o blues. Se você tiver dinheiro, se você não tiver, não importa. O blues é quando você vive a vida.
Além do show de hoje no Bottle Tree Stage, Dragger retorna ao festival sábado, para duas apresentações no Front Porch Stage, às 23h20min e à 1h30min.
Hermana do jazz
Outra atração de sexta no palco Magnolia é a argentina Orianna Anderson, que se apresenta sexta, a partir das 23h20min.