Se tem algo que Anitta sabe fazer como poucos no mundo é transformar uma música em hit. E foi justamente com um desfile de canções com refrões grudentos que a principal cantora da música pop brasileira da atualidade colocou para rebolar o público que foi até o Pepsi On Stage na madrugada desta sexta para sábado.
Em exata uma hora e três minutos de show para um espaço muito longe de estar lotado, a cantora elencou 14 de seus sucessos – sim, todas as músicas próprias apresentadas de alguma maneira têm ou tiveram sucesso – dois covers e um bloco de funk chamado "proibidão".
Leia mais:
"Não tenho medo de exposição, nem de críticas", diz Anitta, que faz show em Porto Alegre nesta sexta
"Obrigado por ter transformado tanta tristeza em alegria", diz Joelma após gravar primeiro DVD solo
Venda de ingressos para o Rock in Rio 2017 começa nesta quinta-feira
A carreira de Anitta é milimetricamente planejada para render bons frutos. Talvez por isso, em menos de cinco anos de estrelato, ela tenha tantas músicas "bombadas" entre o público que realmente curta esse estilo de música bem comercial.
Se a sua apresentação anterior em Porto Alegre, em uma casa noturna com menor capacidade de público, teve tumulto na entrada devido à superlotação, nessa tudo foi muito tranquilo. Anitta subiu ao palco à 1h33min ao som de Não Para, a senha para que público fosse ao delírio. De botas pretas de cano alto e camisão de botão azul, a cantora sensualizou, rebolou e soltou a voz. Emendou na sequência Na batida, No meu talento, Meiga e abusada, Ritmo perfeito e Ginza. Todas canções ultra dançantes, que fizeram o público dividir-se entre entrar no ritmo ou apenas olhar. Mas nada comparado ao frenesi causado por Bang, faixa título de seu terceiro álbum de estúdio, entoada em coro aos 15 minutos de show.
Antes de partir para Deixa ele sofrer, Anitta ensaiou alguns versos de Blecaute, música que gravou em parceria com o Jota Quest. Depois disso, ela deu uma acalmada nos ânimos com as baladas Cobertor e Zen.
Na sequência, a animação voltou com força ao som de Essa mina é louca, seguida de, surpreendentemente, Bom, o mais recente sucesso da colega Ludmilla.
Os braços voltaram ao ar e os quadris recomeçaram a remexer nos primeiros acordes de Sim ou não, o featuring que Anitta gravou com o colombiano Maluma.
O ponto alto da sedução foi com Movimento da sanfoninha, batidão funk que evidencia o seu DNA – há algum tempo deixado de lado para dar lugar à veia pop. E, como era um show liberado para maiores de 14 anos e tomado de adolescentes, o bloco com o funk proibidão mandou ver apenas em ritmo, mas sem vocal. Esse foi o momento dos bailarinos – apenas cinco –, que tomarem conta do palco. Para encerrar o show, Anitta recorreu ao seu primeiro hit, Show das poderosas, e Blá blá blá, seguidas do bis de Sim ou não.
A apresentação em Porto Alegre não foi aquele mega espetáculo com telões, show de luzes e corpo de dançarinos. Ainda assim deu para perceber que ela cumpre com aquilo que vende. E mesmo que o público não tenha lotado o Pepsi On Stage, quem esteve lá saiu satisfeito por ter visto a cantora com suas músicas mais famosas – e olha que ela só tem três álbuns até agora.
*ZERO HORA