A peculiaridade do linguajar gauchesco desde muito tempo tem ensejado a produção de dicionários, podendo-se citar dois extremos: o primeiro, Vocabulário Sul-Riograndense, de J. Romanguera Corrêa, lançado em 1898, e o mais recente e conhecido, Dicionário de regionalismos do Rio Grande do Sul, de Zeno Cardoso Nunes e Rui Cardoso Nunes, de 1982, com sucessivas reedições. Esses pesquisadores agora recebem a companhia do Dicionário poético gaúcho brasileiro, de José Atanásio Borges Pinto, cujos verbetes têm a inédita peculiaridade de serem escritos em versos. Mais: a maioria inclui exemplos de uso do termo gauchesco extraídos de obras de autores que vão de Aureliano de Figueiredo Pinto a Sérgio Napp, passando por João da Cunha Vargas, Jayme Caetano Braun, Apparício Silva Rillo e dezenas de outros. De "abafadiço" a "xucro", são cinco mil verbetes em 926 páginas, com edição da Corag. O dicionário será lançado no dia 29 de outubro na Feira do Livro de Porto Alegre.
Literatura
Juarez Fonseca comenta o livro "Dicionário poético gaúcho brasileiro"
O trabalho de mais 900 páginas que compila termos do linguajar gauchesco será lançado em Porto Alegre durante a Feira do Livro
Juarez Fonseca