Começa neste domingo a venda de ingressos para todos os espetáculos do 23º Porto Alegre Em Cena, que ocorre de 13 a 26 deste mês. Até então, estavam disponíveis em pré-venda os bilhetes de apenas alguns espetáculos. As entradas podem ser compradas pela internet, por telefone ou na loja Myticket do bairro Moinhos de Vento. Confira uma seleção de apostas da programação deste ano: espetáculos que podem estar fora do seu radar mas que merecem ser vistos.
Confira os principais destaques do festival
Veja a programação completa do POA Em Cena
Em Cena anuncia sua programação para 2016
Grupo Sobrevento
Em novembro, o Grupo Sobrevento, especializado em teatro de animação para adultos, completará nada menos do que 30 anos de atividade. O 23º Em Cena trará duas oportunidades para prestigiar o trabalho do coletivo de São Paulo. Uma delas é São Manuel Bueno, mártir (dias 20 e 21), encenação da novela homônima do escritor e ensaísta espanhol Miguel de Unamuno, recriada com mais de 30 bonecos. Já a peça Só (22 e 23, na foto acima) tematiza a solidão por meio de personagens que buscam sonhos inalcançáveis.
O mal-entendido
Entre os destaques gaúchos, está um espetáculo que vem fazendo uma interessante trajetória. Com direção de Daniel Colin, O mal-entendido (dias 14 e 15) é uma montagem de texto de Albert Camus sobre um homem que revê a mãe e a irmã depois de muito tempo, mas esconde a identidade. O trabalho recebeu o Açorianos de atriz (Gabriela Greco), atriz coadjuvante (Carla Cassapo), iluminação (Carlos Azevedo) e figurino (Antonio Rabadan).
Grãos da Imagem: Vaga Carne
O público porto-alegrense teve a oportunidade de conferir o trabalho de Grace Passô no 10º Palco Giratório, com o espetáculo Congresso internacional do medo, escrito e dirigido por ela com o grupo Espanca! (MG). O espetáculo que Grace traz ao Porto Alegre Em Cena é seu primeiro solo. Vaga carne (de 19 a 21), primeiro trabalho do projeto Grãos da Imagem, tem concepção, atuação e dramaturgia assinadas por ela. Aqui, uma voz errante incorpora-se em um corpo humano, provocando diferentes reflexões.
Trilogia dos Gêneros
Que tal uma maratona de três peças, uma atrás da outra, totalizando quase três horas de duração? Pois será assim na Trilogia dos Gêneros que o Teatro da Rotina (SP) traz ao festival com os espetáculos As palavras da chuva, Chuva G e Chuva L (de 14 a 16). São versões para o mesmo texto de Tennessee Williams. Com direção de Leonardo Medeiros, a primeira peça traz um casal formado por homem e mulher; a segunda, um casal de homens; e a terceira, um casal de mulheres.
De algún tiempo a esta parte
Neste ano, devido à crise econômica, a seção internacional do festival estará representada por apenas dois espetáculos: BiT (dias 24 e 25), da francesa Maguy Marin, um destaque óbvio, e a peça uruguaia De algún tiempo a esta parte (dias 14 a 15), uma oportunidade para ver o trabalho da diretora Mariana Wainstein. Este solo da atriz Gabriela Iribarren traz à cena uma viúva na Viena de 1938, anexada pelos nazistas.
O ano em que sonhamos perigosamente
Apesar de ter sido fundado ainda em 2004, o grupo pernambucano Magiluth é ainda desconhecido do público gaúcho. Trata-se de uma injustiça com esta companhia de jovens inquietos e provocadores, que chegam à Capital com seu oitavo trabalho. O ano em que sonhamos perigosamente (dias 22 e 23) foi criado a partir de referências como a obra audiovisual do diretor grego Yorgos Lanthimos e as filosofias do francês Gilles Deleuze e do esloveno Slavoj Žižek. Recomendado para espíritos aventureiros.