Gastronomia, música, dança, feira, shows e até parque de diversões. Se tem uma coisa que não falta na 38ª Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul, são atrações para toda a família. Além, obviamente, de muito chope: os organizadores estimam que seja ultrapassada a marca dos 200 mil litros comercializados – na edição anterior, foram 180 mil.
– É a maior festa alemã do Rio Grande do Sul e Santa Cruz é reconhecida pela Oktoberfest. Além de fomentar o comércio, em geral, movimenta restaurantes e hotéis – ressalta o vice-presidente de eventos da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), Roni Schuh.
Schuh e o vice-presidente Administrativo Financeiro da Assemp, Leandro Vernier, são responsáveis por toda a infraestrutura do evento, que também tem novidades. As coberturas foram substituídas por lonas maiores, aumentando o conforto dos visitantes e dos expositores. Além disso, a criação de um novo centro de eventos permitiu que parte dos serviços que eram montados em estruturas temporárias migrassem para os pavilhões.
Em entrevista, Schuh explica essas e outras mudanças, fala da importância do evento para as famílias de imigrantes e destaca atrações da 38ª Oktoberfest de Santa Cruz do Sul:
Qual a expectativa para esta 38ª edição da Oktoberfest?
A gente está fazendo um evento, vamos dizer assim, grandioso em relação a outros anos. Há muito tempo a gente sonha com uma estrutura melhor de lonas, e nessa edição conseguimos fazer isso. Mobilizamos grande parte das empresas participantes para que montassem estruturas diferenciadas – e nós, também, no sentido de contratar lonas gigantes, que são únicas, dando mais comodidade e segurança para o visitante e o expositor.
Que outras novidades os visitantes podem esperar?
Inauguramos o novo centro de eventos e convenções, com mais de 6 mil metros quadrados de área construída. Ele vai abrigar a Feirasul, que antigamente ficava no chamado Pavilhão 2. A feira foi para dentro do centro de eventos e convenções. Na área externa, onde eram montadas lonas gigantes para outros expositores, agora não precisamos mais fazer isso, porque todos vão estar nos pavilhões que existem dentro do parque.
A estrutura de lonas ficou para a arena de shows, que é gigantesca. Tem capacidade para cerca de 13 mil pessoas. E também em palcos menores espalhados pelo parque, incluindo quatro palcos administrados por rádios parceiras, com ampla programação e capacidade para cerca de 800 pessoas. Espaços destinados à venda de comidas e bebidas também ficam distribuídos pelo parque. Nosso patrocinador oficial é a Eisenbahn, mas também teremos cervejarias artesanais da cidade e linha de bebidas não alcoólicas da Coca-Cola.
Como chegar à 38ª edição sem perder o fôlego?
Estamos sempre inovando para facilitar e melhorar a experiência do visitante. Este ano estamos implementando o Oktober Karte como forma de adquirir alimentos e bebidas dentro do parque. A pessoa faz um cadastro, insere créditos e pode utilizar em qualquer ponto de venda.
Toda novidade gera desconfiança de que algo pode dar errado, mas é bom frisar que é um projeto da Imply, que atende vários eventos dentro e fora do país e é uma empresa de Santa Cruz do Sul. O número de cartões ativados no primeiro dia animou a organização e o tíquete médio inserido foi cerca de 20% acima do primeiro abastecimento de outro evento semelhante, também atendido pela empresa.
Também estamos mantendo o copo eco, lançado no ano passado. Eliminou uma montanha de copos descartáveis, gostamos muito desse modelo. Este ano, estamos vendendo e ele não vai ter devolução. Fica como uma lembrança da Oktoberfest. Mas, o visitante também tem a opção de trazer o seu caneco de casa.
Quantas pessoas são esperadas?
Ano passado recebemos em torno de 400 mil visitantes e a expectativa para este ano é termos em torno de 500 mil pessoas visitando o parque e a cidade. É um número que a gente alcança a partir de uma análise de quem acessa o local, considerando expositor, pessoas que vêm trabalhar e visitantes. Isso dá uma dimensão do tamanho do evento. Já o consumo de chope, que no ano passado ficou em torno de 180 mil litros, deve ultrapassar os 200 mil neste ano.
Quais os destaques na programação?
São muitas. Nomes de destaque na música nacional, como Ana Castela, Henrique e Juliano, Maiara e Maraísa, Hugo e Guilherme e o Baile do Nego Véio, com Alexandre Pires. Mais uma novidade é que antes dos grandes shows damos oportunidade para bandas da região mostrarem seus trabalhos, abrindo a programação do palco principal em noites diversas.
Teremos, dentro do parque, mais de 400 horas de bandas tocando. Vários pontos de som. Dentro do ginásio poliesportivo, com patrocínio da Coca-Cola, há uma programação para a galera mais jovem. Os palcos das rádios estarão sempre com bandas, também, sem perder o foco do tradicional. O pavilhão central nós transformamos em bailão. A procura é tamanha que é preciso fechar a porta de tanta gente que entra. Em vez do restaurante, servimos apenas bebidas e pratos típicos.
Isso porque, com o novo centro de convenções, o Pavilhão 2 acabou ficando com espaço para um grande restaurante, com capacidade para mais de 800 pessoas sentadas, todo decorado com a temática germânica. E fora dos pavilhões temos restaurantes servindo churrasco, pratos típicos, café colonial e muito mais.
O que representa a Oktoberfest para Santa Cruz do Sul e região?
É o maior evento da região. As cidades que circundam também acabam se beneficiando com isso. Temos pontos turísticos muito interessantes, como a rua Marechal Floriano, que está toda decorada com bandeiras e detalhes relativos à festa, é muito bonito. Nossa prefeitura também ajudou muito na estrutura de base do parque.
O que a festa representa para o imigrante alemão?
Eu sou descendente de imigrantes alemães. Para nós, é muito importante manter essa cultura viva, para nossas crianças saberem de onde a gente veio, o que nos trouxe para cá, que é o trabalho, a evolução, para que nossas famílias vivam bem e em paz. A cidade nos acolheu e proporcionou tudo isso.
É, basicamente, uma cidade descendente de alemães, mas também recebeu africanos, italianos e portugueses. Tem várias etnias aqui. Inclusive, convido a população a apreciar nossos desfiles, aos domingos. São mais de 5 mil participantes e nove carros alegóricos, na rua Marechal Floriano. Posso antecipar que cada carro traz um detalhe diferente, falando de aspectos como a cultura da região e dos imigrantes. A cada domingo, mais de 40 mil pessoas se acomodam ao longo da avenida para prestigiar.
Vale a pena informar que, desde o ano passado, tentamos criar uma situação diferente porque as pessoas iam para o desfile e não entravam no parque. Criamos horários alternativos em que o acesso é liberado. Todo dia, temos horários gratuitos, que estão no site.
É uma festa para toda a família?
Sem dúvida. Tem até parque de diversões, robusto, bonito, com equipamentos novos. Então, a família que vem para cá pode olhar exposições, artesanato, móveis, curtir uma praça de alimentação legal, as apresentações, os shows, a dança e o folclore. E apresentação de outras culturas também, sem deixar de destacar a alemã. É uma homenagem a todas as etnias que povoaram Santa Cruz do Sul.