Cinema

"Manas"

Filme com Dira Paes é premiado em mostra paralela do Festival de Veneza

Drama aborda o cenário de exploração sexual em uma comunidade na Ilha de Marajó, no Pará. Prêmio vem com um valor em dinheiro de 20 mil euros, cerca de R$ 123 mil 

Estadão Conteúdo

Raisa Toledo

Divulgação / Divulgação
"Manas" traz Dira Paes e Jamilli Correa no elenco.

O drama Manas, da cineasta brasileira Marianna Brennand, levou o GDA Director's Award, prêmio máximo da Giornate degli Autori (Jornada dos Autores), principal mostra paralela do Festival de Veneza, que destaca obras autorais e cineastas emergentes com visão inovadora

Com Dira Paes e Rômulo Braga no elenco, filme mostra a luta de uma adolescente de 13 anos contra o cenário de violência e exploração sexual em que sua comunidade está inserida, nas profundezas da floresta amazônica.

Com produtores associados como Walter Salles e os irmãos belgas Luc e Jean-Pierre Dardenne e a Globo Filmes entre os coprodutores, Manas se passa na Ilha de Marajó (PA) e conta a história da ribeirinha Marcielle/Tielle (Jamilli Correa), que mora com o pai, a mãe e três irmãos. 

Conforme cresce, ela se dá conta da realidade violenta que a cerca e, preocupada com a irmã mais nova e com o futuro, decide enfrentar o sistema opressivo que controla a sua família e as mulheres de sua comunidade.

Valor do prêmio

O prêmio vem com um valor em dinheiro de 20 mil euros (cerca de R$ 123 mil), que será dividido igualmente entre a cineasta e o distribuidor internacional do filme, a Bendita Film Sales, para promover o longa.

A diretora Marianna Brennand fez uma publicação no Instagram (veja o post abaixo) para comemorar o prêmio: "É possível tocar as pessoas com delicadeza, sem trazer mais violência para quebrar ciclos e padrões. Foi preciso ter coragem para fazer esse filme e espero que Manas possa lançar luz e encorajar a quebra de silêncios tabus perpetuado por anos sobre todas mulheres do mundo."

Em post no Instagram, a mostra Jornada dos Autores detalhou a escolha do vencedor: "Manas conquistou nossos corações ao abordar com cuidado o tema extremamente sensível e difícil do abuso, tanto em contextos domésticos como em contextos mais sistemáticos. Embora o cenário da ilha de Marajó ainda não fosse conhecido, o diretor retratou algo tão universal, que cada um de nós poderia se conectar profundamente. Este filme se destacou na programação pelo seu trabalho magistral, atuações brilhantes e uma mensagem forte que acreditamos que irá repercutir em muitas pessoas em todo o mundo, aumentando a conscientização e apelando à mudança".


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