Estrelada por Halle Bailey, a live-action baseada na história clássica de A Pequena Sereia estreia nos cinemas na próxima quinta-feira (25). O que muitos fãs do clássico da Disney não sabem, no entanto, é que a trama que eles conhecem há anos não é a original.
O conto que inspirou a produção é de Hans Christian Andersen, escritor dinamarquês muito conhecido por suas histórias infantis, e tem algumas diferenças significativas da animação que marcou gerações. As informações são do portal Omelete.
Um dos tópicos que mais chama atenção do público é o nome da personagem principal. Não é Ariel, como o estúdio de produções infantis batizou. O nome é, realmente, Pequena Sereia, título do filme. O príncipe e a feiticeira também não são nomeados na história. Nos contos clássicos, geralmente os personagens não recebiam nomes e eram apenas reconhecidos por suas funções.
A família da personagem também teve diferenças na adaptação. Não aparece no filme, mas a protagonista tinha uma avó, mãe do Rei do Oceano, de quem a sereia era descendente. A anciã ocupava o posto de rainha, já que o pai da moça era viúvo há tempos. Além disso, a sereia tinha cinco irmãs, e não seis, como no filme. A ideia da produção era associar as filhas à expressão "sete mares".
O conflito entre o universo marinho e o humano também é alterado no filme. No longa, as diferenças chegam a se tornar uma rivalidade, o que explica a reprovação do rei ao desejo da filha de explorar o mundo além do mar. No conto, entretanto, a situação é mais branda.
As jovens sereias até tinham a possibilidade de conhecer o universo fora d'água quando completavam 15 anos, e a experiência das irmãs da protagonista foram narradas na história escrita. Enquanto todas perderam a vontade de manter laços com o mundo terreno, a Pequena Sereia foi a única que manteve seu interesse por lá.
O universo submerso também é mais explorado no conto, ao contrário do filme. Há ainda uma questão que se destaca: na versão original, a avó da personagem diz para ela que sereias não têm alma e, após 300 anos, acabam virando espuma do mar. Assustada, a jovem mantém acesa a chama do desejo de se tornar humana. Quando vai firmar o pacto com a bruxa, então, a jovem tem um destino doloroso: sua língua é cortada fora. A situação é mais tensa do que a apresentada na adaptação cinematográfica, na qual a mulher "apenas" captura a voz da jovem.
O final do conto é completamente diferente do filme. A Pequena Sereia não consegue fazer o príncipe se apaixonar por ela e, para recuperar sua cauda, precisa matar o amado. Ela não consegue e acaba se tornando uma "filha do ar", ser que ajuda os humanos. Após 300 anos de servidão, pode desfrutar de uma alma eterna.