O ator norte-americano Alec Baldwin, 64 anos, entrou com um processo contra quatro integrantes do set do filme Rust. Foi durante as gravações desse longa que ele disparou acidentalmente um revólver carregado com balas verdadeiras. Os projéteis atingiram a diretora de fotografia Halyna Hutchins, que faleceu, e o diretor do filme, Joel Souza, que ficou ferido.
De acordo com um documento do tribunal emitido nesta sexta-feira (11), Baldwin processa a armeira Hannah Gutierrez-Reed, o diretor assistente David Halls, a gerente de adereços Sarah Zachry, bem como o assistente de armas Seth Kenney e a empresa de acessórios que ele possui.
Com o processo, os advogados do ator tentam provar a inocência dele e alegam que ele não sabia que a arma continha balas verdadeiras.
"Esta tragédia ocorreu porque munição real foi entregue no set e a arma estava carregada. Gutierrez-Reed não verificou a arma com cuidado, mas mesmo assim anunciou que estava segura antes de passá-la para Baldwin", detalha o documento, apresentado em um tribunal de Los Angeles, nos Estados Unidos.
O ator também acusa a gerente de adereços Saah Zachry de não informar que o responsável pelas armas se comportou de forma irresponsável fora do set e representava um risco.
Relembre o caso
As filmagens de Rust, realizadas em um rancho em Santa Fé, no Novo México, ficaram marcadas por uma tragédia. Em 21 de outubro de 2021, Alec Baldwin disparou uma arma que deveria conter apenas balas de festim, mas cujo projétil real acabou ferindo mortalmente a diretora de fotografia Halyna Hutchins, de 42 anos.
O processo de Baldwin ocorre em meio a uma ação judicial movida pela roteirista Mamie Mitchell contra vários membros da equipe, incluindo o ator. Ela acusa o artista de não seguir os procedimentos de segurança de rotina e afirma ter sofrido um trauma emocional significativo por estar perto dele no momento do disparo.
Em outubro deste ano, o ator chegou a um acordo não revelado com a família Hutchins. Se um juiz o validar, encerrará o processo cível iniciado pela família da diretora de fotografia, que acusou Baldwin de comportamento perigoso.
Os parentes de Hutchins também denunciaram as medidas de corte de custos adotadas pelos produtores do filme, incluindo Baldwin. Segundo os familiares da vítima, isso contribuiu com morte de Halyna.
Uma investigação ainda está em andamento no Novo México e pode levar a possíveis acusações criminais. Apesar da tragédia, a produção do filme irá continuar, com retomada prevista para janeiro de 2023.