O ator Bill Murray pagou cerca de US$ 100 mil em um acordo após acusação de assédio sexual nos bastidores do longa Being Mortal, segundo o site Puck. A produtora Searchlight Pictures interrompeu as gravações em abril, alegando que iria apurar denúncias de "comportamento inapropriado" contra o artista.
De acordo com a reportagem, Murray teria avançado sobre uma jovem funcionária da produção quando os dois estavam sentados em uma cama que fazia parte de um dos cenários do filme. Usando seu peso, ele impediu a moça de se mover e "beijou" seu corpo — testemunhas ouvidas pelo site confirmaram a versão e acrescentaram que ambos usavam máscaras para prevenção de covid-19 no momento.
Murray teria, então, feito um acordo de US$ 100 mil, que previa confidencialidade sobre o caso e a renúncia de quaisquer reivindicações contra os produtores do longa, incluindo Disney e Searchlight.
Em maio, o ator assumiu que teve um comportamento inapropriado no set. Ao canal CNBC, Murray disse que ele e uma colega de elenco "divergiram de opinião" sobre o assunto.
— Fiz algo que achei engraçado e não foi levado dessa forma — comentou. — A empresa e o estúdio queriam fazer a coisa certa. Então, queriam verificar tudo e investigar e interromperam a produção.
Ele disse que estava aprendendo com o incidente:
— O mundo está diferente do que era quando eu era criança. O que eu sempre pensei que fosse engraçado como um menino não é necessariamente o que é engraçado agora. As coisas mudam, o tempo muda, e é importante para mim perceber isso.
Ainda não se sabe se Being Mortal, primeiro longa de Aziz Ansari na direção, retomará a produção. A trama é baseada em um best-seller do médico Atul Gawande sobre sua experiência com doentes terminais. O lançamento do filme era planejado para 2023 e já contava com mais de metade das cenas já finalizadas.