Em entrevista publicada nesta segunda-feira (17) pela New York Magazine, o diretor de Liga da Justiça, Joss Whedon, respondeu às acusações de comportamento abusivo feitas contra ele pelos atores Ray Fisher e Gal Gadot. Ele negou os relatos e ainda acusou fãs de Zack Snyder, diretor que o substituiu no filme da DC, de comandarem uma campanha difamatória contra ele nas redes sociais.
Em julho de 2020, Fisher, intérprete do Ciborgue no filme da DC, relatou que o comportamento do diretor foi "nojento, abusivo, antiprofissional e completamente inaceitável" durante as filmagens. Whedon afirma que as acusações "não são nem verdadeiras nem merecem discussão".
— Nós estamos falando sobre uma força maligna. Nós estamos falando sobre um ator ruim em ambos os sentidos — disparou o diretor.
O cineasta afirmou que cortou as cenas do personagem Ciborgue em Liga da Justiça por dois motivos: porque a história dele "logicamente, não fazia sentido algum" e porque ele achou a atuação de Fisher ruim. O diretor insistiu que passou horas discutindo as mudanças com o ator e que as conversas eram amigáveis e cheias de respeito.
Em relação ao depoimento de Gadot, a intérprete da Mulher-Maravilha, que revelou ter tido a carreira ameaçada por Whedon quando pediu para que uma cena de teor sexista fosse cortada, o cineasta rebateu dizendo que houve um mal-entendido.
— Eu não ameaço pessoas. Quem faz isso? Inglês não é a primeira língua dela e eu tendo a ter um discurso irritantemente floreado.
Whedon sugeriu ainda que os atores agiram contra ele em campanha para favorecer Zack Snyder, que mais tarde lançou sua versão de Liga da Justiça. Fazendo coro a Gadot e Fisher, Jason Momoa, o Aquaman, afirmou, em 2020, que a equipe recebeu um "tratamento de merda" durante as filmagens.
— Não sei quem começou (a suposta campanha difamatória), sei em nome de quem isso foi feito — defendeu-se Whedon.
Além dos atores de Liga da Justiça, Whedon é alvo de acusações de abuso de atrizes da série Buffy: A Caça-Vampiros, da qual é criador, de um roteirista de Firefly e de equipes de Angel. Para Whedon, os relatos foram feitas por pessoas que usam "todas as palavras acusatórias da era moderna para me fazer parecer um monstro abusivo".