Com estreia marcada para 5 de agosto nos cinemas brasileiros, O Esquadrão Suicida está arrancando elogios da crítica especializada nos Estados Unidos. A produção, que tem direção de James Gunn, é uma nova versão do longa-metragem original lançado pela DC Comics em 2016. O primeiro filme, apesar de ser um sucesso de bilheteria, foi duramente criticado pela imprensa e por fãs das histórias em quadrinhos.
Para Joshua Yehl, do site IGN, o novo Esquadrão "não é bem um reboot ou uma continuação" do outro filme, e sim "um recomeço completo". "Dessa vez, acertaram em cheio. Na verdade, essa travessura irreverente e ultraviolenta com vilões nada famosos é o melhor filme da DC em anos. (...) O Esquadrão Suicida deixa Gunn usar tudo o que ele faz de melhor. Com maestria, ele mistura ação e drama com humor e esperteza, que é exatamente o que esperamos do diretor de Guardiões da Galáxia", elogiou o crítico. Segundo ele, Gunn pode ser comparado ao Willy Wonka de Gene Wilder, "com um brilho maníaco em seus olhos, nos conduzindo por uma montanha-russa perversa e estranhamente emocional, com uma surpresa boa em cada curva".
Após classificar o longa de 2016 como um "blockbuster meia-boca", Owen Gleiberman, da revista Variety, também gostou do resultado final desta nova versão. "O filme é uma comédia sangrenta de sensacionalismo depravado, com cabeças e corpos sendo rasgados, mutilados e reduzidos ao equivalente humano de treliça. Tem (muitos) ratos, balas ousadas o suficiente para atravessarem outras balas, e vence com a constatação baixa de que, apesar de terem poderes, a maioria dos nossos heróis não é tão super", pontua ele.
David Ehrlich, do site Indiewire, classificou a produção como "o filme de super-herói mais divertido e menos deprimente em muito tempo", enquanto Peter Bradshaw, do The Guardian, destaca esta versão como "um filme longo, barulhento, com frequência agradável e divertido, que ataca seus olhos e ouvidos e faz tudo a que se propõe". "Tem comédia no estilo de Guardiões misturando humanos e animais falantes, tem violência estranha — inclusive o que eu preciso descrever como uma cena horrivelmente impressionante mostrando a anatomia interna de uma faca adentrando um coração ainda batendo — e tem o espetáculo colossal de CGI para a cena final", antecipa Bradshaw, em seu texto.
O talento do diretor foi muito enaltecido pelos críticos. "Gunn continua usando seu talento para pegar personagens obscuros dos quadrinhos e criar desajustados extraordinários e problemáticos. Além disso, tem muita emoção e sentimento misturados com todas as mortes imprevisíveis e palavrões desenfreados que realmente dão vida a esse filme estranho", definiu Brian Truitt, do jornal USA Today.