Enquanto no Brasil exibidores de cinema começam a sentir os efeitos da pandemia do novo coronavírus, com o fechamento de mais de 90% das salas nacionais, a China — país em que o surto teve início, ainda em dezembro — começa a ensaiar uma retomada. Com os primeiros cinemas reabertos nesta semana, o país asiático deve apostar em blockbusters, novos e antigos, para aquecer o mercado outra vez.
Até Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001), o primeiro longa sobre o bruxinho britânico, deve retornar às telonas, agora em versões 3D e 4K — anúncio confirmado pela Warner em suas redes sociais. Outras obras que entrarão em cartaz, segundo o portal Filme B, são o chinês Lobo Guerreiro 2, maior bilheteria da história do país; e o libanês Cafarnaum, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
A programação é um reflexo da escassez de títulos, uma vez que a maior parte das estreias das últimas semanas foi adiada, incluindo grandes apostas de bilheteria, como Um Lugar Silencioso Parte 2 e Velozes e Furiosos 9. Por outro lado, a escolha de obras queridas pelo público busca recuperar o apreço da população pelo cinema. Segundo o Deadline, a utilização de filmes antigos também tornará possível aos exibidores manter 100% da renda, sem precisar devolver parte do valor para os distribuidores e produtores.
No momento, apenas salas no interior da China já reabriram as portas. O restante do país espera definições das autoridades de saúde, sendo que cada província ganhou autonomia para reabrir os complexos. Algumas companhias estudam, ainda, manter medidas de proteção, como a utilização de máscaras e uma lotação menor às salas, de forma que o público mantenha uma distância segura entre si.
Na quarta-feira (18), pela primeira vez desde a descoberta da covid-19, o país não registrou nenhum caso de transmissão local do coronavírus. Ainda assim, eles seguem enfrentando novos casos importados (de pessoas chegando de viagens internacionais).
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