O secretário especial de Cultura do governo federal, Roberto Alvim, criticou a indicação da produção brasileira Democracia em Vertigem na categoria de Melhor Documentário no Oscar 2020. À colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Alvim disse que a produção deveria estar na categoria de ficção.
— Se fosse na categoria ficção, estaria correta a indicação — afirmou.
Da premiada cineasta mineira Petra Costa, 35 anos, o documentário narra os eventos que transformaram o Brasil nos últimos anos, desde o impacto das manifestações de 2013 até a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018.
A diretora ainda imprime sua visão pessoal à obra, que combina relatos do complexo passado político e industrial de sua família e falas de lideranças de gestões passadas e atuais — entre elas, os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva.
— Isso só mostra como a guerra cultural está sendo travada não só aqui, mas em âmbito internacional — completou Alvim à colunista.
MBL também se manifesta
Pelo Twitter, o Movimento Brasil Livre (MBL) também repudiou a indicação do documentário ao Oscar, caracterizando a produção como "uma farsa gigantesca".