O filme-documentário sobre Chorão, ex-vocalista da banda Charlie Brown Jr., foi tema de um painel da Comic Con Experience, evento realizado em São Paulo até domingo (8). Na quinta-feira (5), o apresentador e radialista Edgard Piccoli mediou o debate, que teve participações dos seus antigos colegas de MTV Sarah Oliveira e João Gordo, além do roteirista do filme, Hugo Prata, e do diretor, Felipe Novaes .
Chorão: Marginal Alado estreia em 2020 nos cinemas. Parte das histórias compartilhadas no painel estarão presentes no filme. Sarah Oliveira contou que, na época em que comandava, nos anos 90, o programa de música Disk MTV, foi intimada para ver as composições do músico porque, segundo Chorão, a apresentadora não deu destaque para o clipe da música Rubão, o Dono do Mundo.
Já João Gordo lembrou que chegou a apanhar do vocalista do Charlie Brown Jr. nos bastidores do VMB, premiação da MTV. Uma história que acabou reforçando a amizade entre os dois.
— Ele era muito amor e ódio. Você tinha que falar bem da banda dele. Se fosse amigo, você tinha tudo. Se fosse inimigo, não tinha nada. Ele era muito louco. Cheirava pra caralho (...) A cocaína potencializa o ódio. O pouco de mal caráter que ele tinha multiplicava por algo gigantesco — disse.
O documentário tem relatos relatos dos participantes do painel e nomes como o apresentador Serginho Groismann e o vocalista da banda Raimundos, Digão.
— Para colocar em 70 minutos os 42 anos de um cara tão rico, a gente precisou fazer escolhas. Precisamos discutir o que queríamos contar. A gente queria mostrar que ele tinha um lado muito mau, que ia para as manchetes do jornal, e outro muito benevolente. Ele era tipo um gângster brasileiro, né? Aquele cara que é agressivo, mas super bondoso com sua comunidade — afirmou Hugo Prata.
Alexandre Magno Abrão, mais conhecido como Chorão, tinha 42 anos quando foi encontrado morto em seu apartamento, em Pinheiros, na cidade de São Paulo, em março de 2013. Exames detectaram que a morte do cantor ocorreu em decorrência de uma overdose de cocaína.