Não é qualquer artista que pode chegar aos 60 anos ostentando números tão impressionantes como Madonna. Ainda provocadora, mesmo que agora na pele de uma mulher madura e sem complexos, a cantora que mais vendeu em todos os tempos não é a primeira a se manter ativa na terceira idade. Segue os passos de Aretha Franklin, Cher, Dolly Parton e Stevie Nicks, que estão nos 70. Só que mais: ela é um ícone da cultura pop e representa o culto à juventude como poucas artistas fizeram, e, enquanto outras se reiventaram ou protagonizaram retornos nostálgicos, a Material Girl nunca passou mais de quatro anos sem lançar um álbum desde a sua bem-sucedida estreia, em 1983. Entre sucessos mundiais e alguns fracassos, ela não esconde que ambiciona ser a maior de todos os tempos. Transitou pela música, cinema e literatura e já deixou seu nome na história.
Dos clipes bem roteirizados ao cinema, Madonna provou sua versatilidade artística ao arriscar também uma carreira como atriz. Não é uma Meryl Streep, mas conseguiu sair-se bem também nessa área, com atuações satisfatórias. Para começar, apostou em ser ela mesma. Chegou ao auge com Evita (1996), apostou em documentários e também arriscou-se na direção
1) Procura-se Susan Desesperadamente, de Susan Seidelman (1985)
Neste filme, Madonna parece ter achado mais seguro interpretar a si mesma.
2) Surpresas de Shanghai, de Jim Goddard (1986)
A parceria com o então futuro marido, o ator Sean Penn, rendeu este fiasco de crítica e bilheteria que valeu o prêmio Framboesa de Ouro de pior atriz.
3) Quem é Essa Garota?, de James Foley (1987)
Madonna chamou o amigo James Foley, com quem havia trabalhado nos clipes de Live to Tell, Papa Don’t Preach e True Blue, para tentar esquecer o fracasso do filme anterior. Em vão. A nova comédia romântica não foi bem recebida pela crítica nem rendeu em bilheteria. Neste longa, ela vive uma jovem que é acusada injustamente por um assassinato.
4) Dick Tracy, de Warren Beatty (1990)
Filme que emula os clássicos noir. Madonna divide a cena com seu affair de então, o diretor e ator Warren Beatty.
5) Na Cama com Madonna (1991)
Registro da turnê Blond Ambition, recheado de conversas sem pudor sobre sexo e religião e temperado com pitadas de vida pessoal.
6) Corpo em Evidência, de Uli Edel (1993)
Um thriller erótico tão genérico que a nudez de Madonna era o verdadeiro chamariz da obra.
7) Evita, de Alan Parker (1996)
Depois de implorar ao diretor Alan Parker por este papel, Madonna venceu o Globo de Ouro de melhor atriz em comédia ou musical.
8) Sobrou pra Você, de John Schlesinger (2000)
Em sua volta às telas, surpreendeu ao interpretar o papel de uma mulher comum. Nesta comédia romântica, ela vive Abbie, uma mulher que sonha em encontrar o homem ideal para realizar o sonho de ser mãe. Sua atuação foi elogiada.
9) Destino Insólito, de Guy Ritchie (2002)
Novo mico, agora para dar uma força ao então marido, Guy Ritchie, que dirigiu o filme. O longa foi massacrado pela crítica: cinco Framboesas de Ouro, inclusive a de pior atriz.
10) Sujos e Sábios, de Madonna (2008)
Resolveu arriscar como diretora e fez sua estreia com esta comédia dramática, que recebeu boas críticas no Festival de Berlim. A trama se desenrola à volta do emigrante ucraniano chamado A.K. (Eugene Hütz) que sonha tornar-se uma glória do rock.
11) W.E., de Madonna (2011)
Em sua segunda incursão como diretora, Madonna dirigiu este filme que relaciona o escandaloso caso do rei britânico Edward VIII com a americana divorciada Wallis Simpson com um romance do presente.