Tem quem venere de assistir de joelhos, quem ame de correr lágrimas e, felizmente, quem nunca viu um filme de Ingmar Bergman. É assim, vendo, revendo e apaixonando-se no primeiro encontro que se mantém viva a obra de um dos maiores diretores da história do cinema.
Cumprindo o papel cultural e formativo que consagrou em 30 anos de atividades, a Sala Redenção, no Campus Central da UFRGS, exibe de segunda-feira (09) a 30 de abril, com entrada gratuita, uma mostra em homenagem ao centenário de nascimento de Bergman – que será celebrado 14 de julho.
O realizador, que morreu 2007, aos 89 anos, construiu um vasta filmografia, com mais de 50 títulos para o cinema e para a televisão. Entre os oito longas selecionados para a mostra na Sala Redenção, realizada em parceria com Sesc/RS, estão alguns que trazem os mais representativos questionamentos existenciais que moviam Bergman, um artista obcecado pelos conflitos da alma e do corpo em torno do sentido da vida, das fissuras afetivas e da existência (ou não) de Deus.
Os dois filmes em cartaz nesta segunda-feira, são obras-primas recorrentes – passaram recentemente em outro ciclo na Capital e frequentam os canais dedicados a clássicos na TV paga: às 16h, O Sétimo Selo (1957), com as andanças de um cavaleiro medieval (Max Von Sydow) postergando seu fim ao desafiar a Morte para uma partida de xadrez; e, às 19h, Morangos Silvestres (1957), que mostra um velho professor (Victor Sjöström) promovendo um balanço com os acertos e os erros de sua vida.
A partir de amanhã, entram em cena filmes com presença mais rara na tela grande, imperdíveis, portanto. Como Persona (1966), embaladdo pelo espetacular e enigmático embate psicológico entre a diva do teatro surtada (Liv Ullmann) e a enfermeira (Bibi Andersson) que cuida dela. Estão na lista também Vergonha (1968), A Hora do Lobo (1968) e Face e Face (1976). Destaque ainda para Sonata de Outono (1978), que promove um dilacerante acerto de contas entre uma pianista (Ingrid Bergman) que negligenciou a família com sua consagrada carreira internacional e sua filha (Liv Ulmann).
Duas produções sublinham a pioneira atuação de Bergman na televisão. Fanny e Alexander (1982), vencedora de quatro Oscar, é a versão adaptada para o cinema de uma série criada pra a TV. Já Na Presença de um Palhaço (1997), um dos últimos trabalhos do cineasta, foi originalmente realizado para a TV sueca e depois lançado no circuito de cinemas internacional.
Confira a programação completa abaixo:
Segunda-feira (09)
16h - O Sétimo Selo (1957 | 96 min)
19h - Morangos Silvestres (1957 | 91 min)
Terça-feira (10)
16h - Morangos Silvestres (1957 | 91 min)
19h - Persona (1966 | 85 min)
Quarta-feira (11)
16h - Persona (1966 | 85 min)
19h - Vergonha (1968 | 103 min)
Quinta-feira (12)
16h - Vergonha (1968 | 103 min)
19h - A Hora do Lobo (1968 | 81 min)
Sexta-feira (13)
16h - A Hora do Lobo (1968 | 81 min)
Segunda-feira (16)
16h - Face a Face (1976 | 114 min)
19h - Sonata de Outono (1978 | 99 min)
Terça-feira (17)
16h - Sonata de Outono (1978 | 99 min)
19h - Fanny e Alexander (1982 | 188 min)
Quarta-feira (18)
16h - Fanny e Alexander (1982 | 188 min)
Sexta-feira (20)
19h - Na Presença de Um Palhaço (1997 | 119 min)
Segunda-feira (23)
16h - Morangos Silvestres (1957 | 91 min)
19h - O Sétimo Selo (1957 | 96 min)
Terça-feira (24)
16h - Persona (1966 | 85 min)
19h - Vergonha (1968 | 103 min)
Quarta-feira (25)
16h - A Hora do Lobo (1968 | 81 min)
Segunda-feira (30)
16h - Na Presença de Um Palhaço (1997 | 119 min)
19h - Face a Face (1976 | 114 min)