A cerimônia de lançamento da 14ª Bienal do Mercosul foi realizada na noite desta quinta-feira (27), no Salão Nobre da Catedral Metropolitana de Porto Alegre.
Com entrada gratuita em todos os 18 espaços, a mostra conta com obras de 77 artistas do país e do Exterior e segue aberta à visitação até 1º de junho.
Haverá exposições na Capital e em Viamão, na Região Metropolitana (confira no mapa abaixo o que há para ver em cada local).
Para a presidente da Bienal do Mercosul, Carmen Ferrão, a grande motivação é o evento construir junto com a cidade o novo momento de Porto Alegre. Ela foi bastante aplaudida pelos presentes após o seu discurso de abertura, que teve pouco mais de nove minutos de duração.
— Quando tivemos que transferir, porque a Bienal seria em setembro de 2024, foi um esforço gigantesco para negociar com os artistas e curadores. Eu diria que é a maior Bienal em termos de espaço: são 18 entre os museus convencionais e também os novos — disse Carmen Ferrão para Zero Hora.
— Em cada obra existe uma emoção, uma reflexão e um pouco de amor. É por isso que a arte existe. A gente diz que a arte salva. E salva mesmo, porque depois do que aconteceu aqui (enchente de 2024) nos agarramos com todas as forças para lançar este momento — acrescentou durante sua participação aos convidados.
O curador-chefe da 14ª edição, Raphael Fonseca, agradeceu aos colegas que fazem o evento acontecer e pediu para todos subirem no palco.
— Muita coisa aconteceu ao longo de nossas vidas não só em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul, mas no mundo todo nesses dois anos (desde a última edição) — afirmou, citando a enchente do ano passado na Capital.
O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, uma das principais lideranças do setor industrial no país, mostrou alegria com o retorno do evento.
— Ter uma Bienal como nós temos no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre é praticamente uma situação única. Fora de São Paulo, não existe nem uma outra nas dimensões da nossa. Então, é um orgulho para nós — elogiou antes do início da cerimônia de lançamento.

Novos espaços participam
Além de exposições em locais como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), o Farol Santander, que reabre após ficar fechado desde a enchente de maio de 2024, e a Usina do Gasômetro – que será reaberta nesta sexta-feira (28) após sete anos em obras –, novos ambientes abrigarão obras de arte.
Tratam-se da Cinemateca Capitólio, do Pop Center, do Museu da Cultura Hip Hop RS, da Fundação Ecarta, das unidades da Estação Cidadania da Lomba do Pinheiro e da Restinga e da Fundação Vera Chaves Barcellos, esta situada em Viamão.
Na atual edição, além dos espaços selecionados, serão 63 exposições em 42 galerias de arte em Porto Alegre. Essas integram um projeto complementar da Bienal, o Portas para a Arte.
O tema da 14ª edição é "Estalo", com a função de refletir acerca da noção de transformação. O evento desta quinta inclusive começou com imagens de estalos projetadas em dois telões.
Canais oficiais
Ao longo dos 66 dias, o público poderá acompanhar a programação por meio dos canais oficiais da Bienal do Mercosul, como o site e o recém-lançado aplicativo da "Fundação Bienal do Mercosul", que conta com recursos de acessibilidade ao público. Por esses canais, escolas e professores podem agendar a visitação onde equipes de mediação receberão estudantes em visitas guiadas.
A solenidade no Salão Nobre da Catedral Metropolitana teve a participação da Orquestra Jovem do RS, que apresentou-se depois das falas dos organizadores e autoridades.