A colônia alemã de São Lourenço foi fundada por Jacob Rheingantz, com o auxílio pecuniário do luso-brasileiro José Antonio d’Oliveira Guimarães, a 18 de janeiro de 1858. Um ano antes de completar um século, pessoas que representavam as classes produtoras do município reuniram-se para tratar das festividades do Centenário da Colônia, marcadas, em princípio, para 18 de janeiro de 1958. A comissão organizadora foi, então, à Capital para encomendar aos sucessores de Aloys Friedrichs, agora com a razão social Casa Aloys Ltda. (tradicional firma que desde 1884 trabalhava com granitos, mármores, bronze e esculturas), um projeto para a construção de um monumento alusivo à data.
A obra foi idealizada e construída pelo escultor espanhol André Arjonas, que trabalhava para a Casa Aloys. Grandiosa, a escultura media seis metros de altura, representando um semeador anônimo – figura típica de um agricultor – , e deveria ficar localizada na Coxilha do Barão, em frente à casa construída por Rheingantz no século 19. Por várias razões, a data programada precisou ser adiada para o dia 16 de março de 1958. Foi, de fato, uma das maiores festas já realizadas em São Lourenço do Sul, tendo reunido o maior número de autoridades da história do município, descendentes do fundador Rheingantz e muitos agricultores. Na ocasião, foi revelado o nome da primeira Rainha da Colônia, Virgínia Schnorr, escolhida por votação popular promovida pelo jornal local Voz do Sul.
Depois da missa campal, rezada pelo bispo de Pelotas dom Antonio Zattera, e de um culto campal evangélico luterano, conduzido pelos pastores Wilhelm Jordan, da Comunidade de Picada Moinhos, e Alfredo Simon, de Pelotas, as autoridades, lideradas pelo prefeito, médico e general João Baptista Brauner e pelo governador Ildo Meneghetti, hastearam as bandeiras do Estado e do país e, acompanhadas pelo cônsul alemão, descerraram o pano que cobria o expressivo monumento. Solenemente inaugurada, a estátua do semeador era idêntica à que atualmente lá se encontra. Mas não era de metal como hoje. Aconteceu que a definitiva, fundida, não havia ficado pronta a tempo (comenta-se que ela não havia sido completamente paga), tendo sido cedido pela Casa Aloys apenas o molde, em gesso, trazido às pressas, de caminhão, pelo conhecido comerciante lourenciano Anolino de Almeida, e pintado de preto para que ninguém se desse conta do grave transtorno. A pintura foi tão bem feita, que, exceto a comissão organizadora, praticamente ninguém mais percebeu a troca. Hoje, dia 16, o monumento completa 60 anos, sendo um dos locais mais visitados por turistas, localizado a cerca de 28 quilômetros da sede municipal.
Colaboração de Edilberto Luiz Hammes, médico e historiador lourenciano
Família Tremea
Com missa rezada e cantada em “talian” (o dialeto dos descendentes dos imigrantes italianos da região do Vêneto), ocorrerá no próximo domingo, dia 18, o 6º Encontro da Família Tremea.
A reunião será em Monte Belo do Sul, na serra gaúcha. O dia começa com recepção no salão da Sociedade 24 de Maio, com café da manhã, às 8h, e segue com missa na Igreja Matriz de Monte Belo do Sul, celebrada pelo padre Alberto Tremea, às 10h30min, e almoço de confraternização, às 12h30min. Contatos pelo telefone (54) 99967-6977.