Gaúcho de Arroio Grande, Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá (1813-1889), além de comerciante, industrial, armador e político, foi, no final da década de 1850, fundador e dono do Banco Mauá MacGregor & Cia., que atuou até 1875.
Considerado um segundo Banco do Brasil, tal o seu porte, teve algo inédito na época: filiais em várias capitais brasileiras, inclusive Porto Alegre, bem como em Londres, Nova York, Buenos Aires e Montevidéu. Pioneiro da industrialização no país, Mauá foi um dos símbolos dos capitalistas empreendedores do século 19, responsável por grandes obras, principalmente nas áreas de ferrovias e navegação.
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Liberal, abolicionista e contrário à Guerra do Paraguai, Mauá forneceu recursos para a defesa de Montevidéu e com isso desagradou ao governo imperial brasileiro. Suas fábricas passaram a ser alvo de sabotagem e suas importações sobretaxadas. Terminou na falência, tendo que vender suas empresas.
Doente, sofrendo de diabetes, só descansou depois de pagar todas as dívidas. Foi também deputado federal pelo Rio Grande do Sul, por várias legislaturas, até 1873.
Colaboração de Antônio Goulart