O uso de máscaras em ambientes hospitalares deixará de ser obrigatório em Porto Alegre a partir desta quarta-feira (15). Com isso, o uso do equipamento de proteção será facultativo em hospitais, pronto-atendimentos, unidades de saúde e instituições de longa permanência de idosos.
A medida foi publicada no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) nesta terça-feira (14), e atende recomendação da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Segundo o diretor de vigilância em saúde do município, Fernando Ritter, houve uma queda significativa da circulação da covid-19, o que permitiu, segundo ele, a flexibilização na regra.
— Nesse mês, estamos tendo em média 213 casos por semana. Em dezembro foram 1.613. Avaliamos também a queda considerável na procura por atendimento de pessoas com sintomas respiratórios e no número de surtos. É um sinal que a circulação do vírus está diminuindo — afirma.
No entanto, o uso segue sendo extremamente recomendado pelo município, principalmente para gestantes, pessoas que apresentam sintomas de doenças respiratórias ou pacientes como imunodeprimidos, em tratamento de doenças oncológicas e com doenças crônicas. Mas não haverá uma imposição para o cumprimento da norma em nenhum desses casos.
A decisão vai na contramão à recomendação da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Atualmente, os municípios possuem liberdade para tomar suas próprias determinações em relação ao combate à pandemia. Na avaliação do médio infectologista Eduardo Sprinz, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, é importante que a preocupação se concentre em grupos mais vulneráveis, que devem permanecer com os equipamentos de proteção.
— No atual estágio que estamos, não podemos generalizar.. A maioria das pessoas está com as vacinas em dia. Então o cuidado tem que estar concentrado em pessoas vulneráveis, a maioria delas hospitalizadas. Essas devem estar vacinadas e também protegidas com máscara — argumenta.
A prefeitura já havia tornado o uso de máscaras facultativo em novembro do ano passado, mas voltou atrás no mês seguinte, devido à alta nas contaminações. Em locais abertos, o equipamento não é mais exigido na capital desde março. Nos transportes públicos a desobrigação foi determinada em agosto.