O governador Eduardo Leite anunciou, no final da tarde desta sexta-feira (4), a previsão de que todos os gaúchos acima de 18 anos estejam vacinados com pelo menos uma dose contra a covid-19 até 30 de setembro. A estimativa é de que a imunização completa de toda a população ocorra até dezembro, em razão da necessidade de respeitar os diferentes prazos de intervalo entre as injeções conforme o fabricante.
Essa meta significa o atendimento de cerca de 8,9 milhões de pessoas, o que representa 78,9% dos 11,3 milhões de habitantes do Estado — marca superior aos 70% que costumam ser apontados como limite aproximado para se atingir a chamada imunidade coletiva, ou seja, quando o vírus é freado pela dificuldade de encontrar pessoas suscetíveis. Esse patamar variar conforme fatores como a eficácia da vacina e medidas de prevenção como uso de máscara e distanciamento. Eficácia reduzida e desrespeito a medidas sanitárias podem exigir índices de cobertura vacinal mais elevados.
Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, o governador lembrou que o Estado deverá receber mais de 2 milhões de doses ainda em junho. Com isso, será possível concluir, neste mês, a imunização das pessoas mais vulneráveis e de todos os trabalhadores da educação e oferecer a primeira aplicação a toda a população entre 50 e 59 anos.
— Mantendo-se essa perspectiva de doses, temos a alegria de anunciar que, no mês de julho, teremos a imunização daqueles entre 40 e 49 anos, em agosto, daqueles entre 30 e 39 anos e, no mês de setembro, de todos aqueles acima de 18 até 29 anos. Assim, todos no Rio Grande do Sul deverão ter a primeira dose da vacina até o final do mês de setembro — declarou Eduardo Leite.
Como há intervalo entre as duas doses, os meses seguintes de outubro, novembro e dezembro deverão ser utilizados para as aplicações dos reforços necessários. Até esta sexta-feira, o Rio Grande do Sul havia imunizado o equivalente a 29% dos 11,3 milhões de habitantes com pelo menos uma injeção — o equivalente a 3,28 milhões de pessoas. Foram atendidas pouco mais de 1,5 milhão com as duas doses necessárias para a máxima proteção — ou 13,7% da população.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) calcula que somente os gaúchos com idades entre 18 e 59 anos que ainda não foram contemplados por outros critérios de prioridade correspondem a 3,76 milhões de pessoas. Além desses, ainda deverão ser integralmente atendidos outros perfis como trabalhadores da educação, forças de segurança e profissionais de áreas como transporte, limpeza urbana e manejo de resíduos. Populações mais vulneráveis, como idosos e pessoas com comorbidades, já foram contempladas em etapas anteriores.
A expectativa é de que o crescimento na oferta de imunizantes por parte do Ministério da Saúde permita acelerar o ritmo da campanha de vacinação e atingir as metas previstas pelo Piratini.
— Estamos mobilizados para continuar na distribuição ágil de todas as remessas, e os municípios seguem comprometidos de que não podemos deixar doses paradas nos postos, dinâmica que nos permite estar sempre no topo do ranking da vacinação no país. É fundamental que possamos cumprir esse cronograma para protegermos a população — afirma a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann.
Calendário de vacinação
- Junho: 100% do grupo mais vulnerável, 100% dos trabalhadores em educação, primeira dose para adultos entre 50 e 59 anos
- Julho: primeira dose para adultos entre 40 e 49 anos
- Agosto: primeira dose para pessoas entre 30 e 39 anos
- Setembro: primeira dose para adultos entre 18 e 29 anos
- Outubro, novembro e dezembro: concluir a vacinação, com segunda dose, àqueles imunizados com a primeira nos meses de julho, agosto e setembro.