O Ministério da Saúde divulgou, no final da manhã desta sexta-feira (28), nota técnica que confirma a antecipação da vacinação de profissionais da educação contra a covid-19 e permite aos municípios criarem uma segunda fila por doses, por ordem decrescente de idade a partir de 59 anos, para a população em geral.
A orientação do ministério observa que a imunização do público fora dos critérios prioritários deve começar após o atendimento do grupo dos professores, mas admite início imediato onde houver disponibilidade de vacina. Esse documento será utilizado, a partir de agora, para reformular as estratégias adotadas por municípios e Estados. No Rio Grande do Sul, uma reunião deverá ser marcada para os próximos dias a fim de definir como o Estado vai adotar as novas premissas adotadas em nível nacional.
O texto da nota aponta que, como há perspectiva de término da vacinação dos grupos mais vulneráveis até junho, e a procura por imunizantes pelas pessoas com doenças crônicas ficou abaixo do esperado, é necessário mudar a estratégia do combate ao coronavírus “para se conferir maior agilidade ao processo”.
Foi antecipado o atendimento aos profissionais da educação e se criou uma espécie de fila paralela que será atendida de forma concomitante com os próximos grupos prioritários — após término das comorbidades, pessoas com deficiência, em situação de rua, do sistema de privação de liberdade e, por último, da educação.
Essa segunda fila vai receber a população em geral por ordem decrescente de idade, independentemente de qualquer outro critério, a partir de 59 anos. Mas, onde houver mais vacina disponível do que demanda, a criação dessa ordem paralela de vacinação poderá ocorrer imediatamente.
O texto da nota ressalva: “os Estados e municípios que não apresentam demanda ou tenham demanda diminuída para vacinação dos grupos com maior vulnerabilidade e trabalhadores de educação poderão pactuar em Comissão Intergestores Biparte a adoção imediata da estratégia de vacinação segundo a faixa etária em ordem decrescente de idade garantindo o percentual para continuidade da vacinação dos demais grupos prioritários".
Ou seja, por meio de acordo entre representantes de prefeituras e governo estadual, é possível atender desde agora, de forma conjunta, os grupos prioritários ao mesmo tempo em que a população em geral onde houver doses suficientes para não comprometer a imunização de quem tem prioridade.
O ministério aponta ainda que “o detalhamento dos grupos a serem atendidos em cada etapa será feito por meio dos informes técnicos contendo as pautas de distribuição das vacinas”.