As unidades de terapia intensiva (UTIs) de Porto Alegre registram, nesta quinta-feira (8), o total de 1.035 pacientes internados, sendo que 71% deles têm diagnóstico confirmado para a covid-19. São 736 pacientes graves com coronavírus e mais 38 indivíduos com quadro de saúde suspeito para a doença.
Segundo informa o painel de monitoramento da pandemia mantido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em consulta feita às 18h40min, a lotação geral das UTIs é de 103,6%. O índice é semelhante ao registrado na quarta-feira (7), quando era de 103,3%. Esta quinta-feira é o nono dia consecutivo em que as UTIs têm índice de ocupação inferior à linha de 110%, mas ainda em patamar de superlotação.
O tamanho da fila de espera por leitos de cuidados intensivos está tendo leve diminuição a cada dia na Capital. Há duas semanas, em 25 de março, a cidade contava 255 pacientes em estado grave esperando por um leito de UTI. Nesta quinta, são 117, oito pessoas a menos do que na quarta. Enquanto não há vagas de terapia intensiva, esses doentes ocupam leitos adaptados, dinâmica que, segundo médicos intensivistas, pode resultar em atendimentos com algum nível de improvisação e maior risco de morte dos pacientes. Atualmente há 114 indivíduos aguardando em emergências e outros três em unidades de pronto-atendimento (UPAs).
A oferta de leitos especializados da Capital é de 1.004, e há cinco camas bloqueadas para procedimentos de limpeza e desinfecção. Estão superlotadas as UTIs de nove das 18 instituições de saúde que a SES monitora diariamente. A sobrecarga é maior nos hospitais Fêmina, que registra 150% de lotação, Moinhos de Vento, com 148,4%, e Conceição, que opera com 142,3%. No momento da consulta ao painel do órgão municipal, o hospital Vila Nova ainda não havia submetido dados atualizados.