O Rio Grande do Sul vive, neste sábado (3), mais um dia de queda no número de pacientes com confirmação da covid-19 em leitos clínicos. No início da tarde deste sábado, havia 3,4 mil pessoas com a doença nesses leitos de baixa e média complexidade – cerca de 2 mil pacientes a menos do que no pico.
Esse indicador atingiu o recorde em 12 de março, com 5,4 mil pacientes com covid-19 internados nesse tipo de leito. Desde então, ao longo dos últimos 22 dias, a redução foi de 36%.
A queda, apesar de consistente, não está acontecendo na mesma velocidade com que, semanas atrás, ocorreu a subida. Nos 22 dias que antecederam o pico, a alta foi de 234%. Em outras palavras, os hospitais lotaram com rapidez, mas estão esvaziando em ritmo mais lento.
Essa queda no total de internados em leitos clínicos reflete outra redução, a de novas pessoas contaminadas, dia a dia, pela covid-19. O número de novos casos da doença vem baixando desde o início de março.
UTIs seguem em colapso
Até o momento, a redução de casos e de internações em leitos clínicos não foi suficiente para desafogar as UTIs. Epidemiologistas têm explicado, ao longo da pandemia, que o esvaziamento das UTIs e a redução nos óbitos são os últimos indicadores a registrar melhora.
Na tarde deste sábado, havia 2,4 mil pacientes com covid-19 em UTIs. Este número oscila, no alto da curva, entre 2,3 mil e 2,6 mil, há mais de três semanas, sem queda consistente.
O colapso se reflete na falta de leitos e na existência de listas de espera por vagas de UTI, tanto na regulação estadual, quanto nas municipais. Apenas em Porto Alegre, são 155 esperando um leito intensivo, conforme o painel municipal.