O único hospital de Gravataí, na Região Metropolitana, fechou as portas para casos que não sejam de extrema urgência. Segundo a instituição, a medida foi tomada para desafogar os leitos de covid-19, área onde o atendimento diário alcança 140% da capacidade.
Entre unidades de terapia intensiva (UTIs) e vagas de internação, o hospital tem capacidade total para receber 193 pacientes — com 99 vagas específicas para tratamento do coronavírus, sendo 79 de internação e 20 de UTI. Atualmente, apenas esta ala recebe em torno de 140 pessoas.
As vagas para outras enfermidades também estão ocupadas, segundo o superintendente do hospital, Antônio Weston.
— Estamos sobrecarregados e fechamos as portas para restituir, o mais breve possível, nossa capacidade. A sobrecarga atinge também a demanda de oxigênio e de energia elétrica — disse.
Weston reitera que serão aceitos casos em que haja "iminente risco de vida" por quem acessar o prédio, localizado no centro de Gravataí.
Erguido na pandemia, o hospital de campanha anexado à estrutura original foi idealizado para atender 10 pessoas por vez. Essa é a área com maior sobrecarga, com quatro a cinco vezes mais pacientes do que leitos.
Parte dos internados no Dom João Becker foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. A instituição da Capital é a administradora do hospital de Gravataí.
— É disparada a pior situação. Sem dúvida, o pior momento da pandemia no nosso hospital — reitera Weston.
O secretário municipal da Saúde, Régis Fonseca, sugere a busca por atendimento nas duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do município. A prefeitura, contudo, reafirma que o hospital não fechará as portas para quem precisar de acolhimento urgente.
Para combater as aglomerações e frear o aumento de casos, a Guarda Municipal tem feito rondas diárias em parques, praças e em locais onde são denunciadas festas clandestinas. O contato para informar alguma dessas situações é pelo telefone 153.