O Rio Grande do Sul voltou a bater, nesta sexta-feira (5), recordes de pessoas internadas por conta da covid-19, tanto em UTIs quanto em leitos clínicos. Às 17h, o painel estadual de monitoramento registrava 2.087 pessoas com confirmação da doença em UTIs públicas e privadas.
Há um mês, eram 794 pacientes nessa situação. Em 30 dias, portanto, o Estado mais do que dobrou o número de internados com confirmação da doença em situação grave.
A curva de confirmados com covid-19 em UTIs cresce, sem dar trégua, desde 8 de fevereiro. Assim, mesmo com o aumento de leitos, o sistema de tratamento em UTIs já está em colapso no Estado, com lista de espera e pacientes morrendo antes de conseguir uma vaga. Porto Alegre está entre as cidades com situação mais grave, ao longo desta semana.
Alta de internações em leitos clínicos
Nesta sexta, o Rio Grande do Sul também bate recorde de pacientes com confirmação da doença hospitalizados em leitos clínicos – de baixa e média complexidade. Às 17h, eram 4.401 internados nessa situação.
O número de internados em leitos clínicos mais do que quadruplicou em um mês. Há 30 dias, eram 919 pessoas nessa condição.
Superlotação das UTIs
Um dos sinais de colapso nas UTIs é a ocupação acima de 100% registrada desde terça-feira (2). Nesta sexta, às 17h, a lotação bateu a marca de 101,9% – o que significa que há mais pacientes internados em tratamento intensivo do que o número total de leitos que foram oficialmente abertos para esse fim.
Para análise da pandemia, o governo dividiu o Estado em 21 regiões. Dessas, 10 apresentavam superlotação de UTIs, às 17h desta sexta, segundo o painel de monitoramento estadual. Estão nessa situação as zonas de Porto Alegre, Canoas, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul, Lajeado, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Ijuí, Erechim e Palmeira das Missões.
Apesar da situação crítica generalizada e da falta de leitos intensivos em diversas regiões, ainda havia vagas disponíveis em algumas cidades do Estado.