- O Brasil teve 1.641 registros de mortes por coronavírus em 24 horas. Número recorde
- O dado está no boletim diário divulgado pelo Ministério da Saúde
- A pasta contabiliza todas as mortes que chegaram ao seu conhecimento no período, mas elas não necessariamente ocorreram no mesmo dia
Nesta terça-feira (2), o Brasil registrou um novo recorde de óbitos pelo coronavírus em 24 horas, refletindo o agravamento da situação da pandemia no país. Segundo dados compilados pelo Ministério da Saúde, 1.641 mortes em decorrência da covid-19 foram notificadas, o maior índice desde fevereiro do ano passado, quando o primeiro caso foi identificado no país.
O ápice também foi identificado no Rio Grande do Sul, com 185 óbitos em 24 horas, assim como São Paulo, que teve 468 vítimas relatadas no mesmo período. Desde o início da pandemia, 257.361 pessoas faleceram por causa da doença em território nacional. A maior quantidade registrada no Estado de São Paulo, com 60.014 vítimas.
Desde 26 de fevereiro de 2020, 10.646.926 diagnósticos de covid-19 foram confirmados oficialmente às autoridades de saúde. Cerca de 89% do total já está curado. De segunda para terça-feira, mais 59.925 casos foram relatados.
O consórcio de veículos de imprensa (G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL), que usa dados compilados das secretarias de saúde estaduais, registrou 1.726 óbitos em um dia, o que também é recorde. Ainda segundo os dados do consórcio, a média móvel (que usa os registros de óbitos dos últimos sete dias) é de 1.274, uma alta de 23% em relação ao índice de 14 dias atrás.
Secretários defendem toque de recolher nacional
Entidades como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) defendem um toque de recolher nacional entre 20h e 6h para tentar conter a transmissão do coronavírus. Até agora, governadores e prefeitos de todo o Brasil estão adotando regras distintas de acordo com a realidade de sua região. No Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, por exemplo, apenas serviços essenciais podem funcionar. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, continua criticando medidas que impõem o fechamento das atividades.
Devido ao agravamento da situação epidemiológica, parlamentares devem votar ainda nesta semana a extensão do auxílio emergencial, desta vez com valor menor de R$ 250. Enquanto isso, integrantes do grupo de risco estão se vacinando em todo o país. Cerca de 6,7 milhões de pessoas já foram vacinadas. Segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pelo menos 85 milhões de pessoas, metade da “população vacinável” deve ser imunizada até junho. A outra metade até o fim do ano.