Nesta sexta-feira (12), o Ministério da Saúde assinou com o Instituto Butantan a compra de mais 54 milhões de doses da CoronaVac, imunizante contra o coronavírus. Desde a última semana de janeiro, o Butantan tem informado o governo federal de que essas vacinas seriam disponibilizadas a outros compradores caso o acordo não fosse oficializado. Para garantir a remessa, o governo já teria empenhado os recursos para sua aquisição. As informações são da CNN.
Este lote é complementar a outro adquirido em 7 de janeiro, de 46 milhões de doses, que ainda não foi entregue ao Ministério da Saúde. De acordo com a apuração, a compra da segunda remessa está condicionada à entrega da primeira. Além disso, a pasta também estaria pressionando o Butantan pela disponibilização de pelo menos 4,8 milhões de doses ainda em fevereiro, após o Carnaval.
Outra compra de imunizantes para serem distribuídos à população brasileira ocorreu nesta sexta-feira (12). Também conforme a CNN, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) acertou a aquisição de 2 milhões de doses da vacina de Oxford, que estariam previstas para chegarem ao país em 22 de fevereiro. No entanto, o acordo não estaria 100% garantido, pois há outros países na disputa, especialmente a Índia, cujo governo precisa avalizar o negócio.
Quadro atual da vacinação
Na quinta-feira (11), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve no Senado participando de sessão sobre vacinação no país. De acordo com ele, o Brasil está próximo de alcançar a marca de 5 milhões de vacinados e 11,5 milhões de doses distribuídas. Pazuello afirmou que o país não irá fazer estoques de vacinas para a aplicação das segundas doses, que o plano é distribuir os imunizantes assim que recebidos.
O ministro ainda reforçou que espera a entrega pelo Butantan de 6 a 8 milhões de doses a partir do dia 15 e que aguarda uma quantidade de imunizantes AstraZeneca da Fiocruz entre o final de fevereiro e o início de março. Segundo Pazuello, o governo pretende vacinar toda a população até o final de 2021.
— Nós vamos vacinar o país em 2021: 50% até junho e 50% até dezembro, da população vacinável. Esse é o nosso desafio, é o que estamos buscando e é o que vamos fazer — ressaltou.