Na rodada em que o modelo de distanciamento controlado completa seis meses de vigência, o mapa preliminar do Rio Grande do Sul traz três regiões em bandeira vermelha, de alto risco epidemiológico para o coronavírus. Conforme o anúncio desta sexta-feira (6), outras 16 regiões estão classificadas em bandeira laranja (de risco médio) e duas em bandeira amarela (risco baixo).
O mapa definitivo da próxima semana será divulgado na segunda-feira (9).
Conforme o governo do Estado, as regiões de Cruz Alta, Ijuí e Santo Ângelo apresentaram piora nos indicadores e passaram para bandeira vermelha. Nas regiões de Erechim e Bagé, foi percebido o contrário, e ambas ficaram em bandeira amarela neste mapa preliminar.
Em laranja, estão as regiões de Cachoeira do Sul, Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Guaíba, Lajeado, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Palmeira das Missões, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Taquara e Uruguaiana.
Piora nas três regiões
Com a relação entre leitos livres de UTI e os ocupados por pacientes covid atingindo classificação específica de bandeira preta, a macrorregião Missioneira concentra as três regiões que aparecem no mapa preliminar em risco alto. Uma delas é a de Santo Ângelo que, além desse fator, apresentou piora em outros indicadores. Com apenas dois leitos de UTI livres neste levantamento (no anterior eram oito), a região viu aumentar de 12 para 17, de uma quinta-feira para outra, o total de pacientes com covid-19 necessitando de tratamento intensivo.
Santo Ângelo registrou também um salto no total de internações em leitos clínicos de pacientes confirmados com a doença ao longo da última semana: no acumulado são 43 registros, ante 27 da semana anterior. Na quinta-feira (5), Santo Ângelo tinha 33 pessoas em leitos clínicos. Eram 22 na semana anterior.
Com quadro muito semelhante, Ijuí aparece na classificação de bandeira vermelha. Nessa rodada, a região ampliou os registros de internação em leitos clínicos ao longo da semana para 33 casos, quando na soma anterior eram 24. Na quinta, 30 pacientes confirmados com a doença seguiam internados, três a mais do que no levantamento da rodada anterior. Houve ligeira redução de sete para seis pacientes com covid-19 ocupando leitos de UTI, porém ao atingir seis óbitos nos últimos sete dias (mesmo número de Santo Ângelo), a região ficou com bandeira preta nesse indicador.
Igualmente impactada pela situação macrorregional, a região de Cruz Alta ingressa na bandeira vermelha depois de apresentar, na quinta, um total de 28 casos de covid internados em leitos clínicos. No monitoramento da semana anterior, eram 22 pacientes. Especificamente na região, houve estabilização na quantidade de leitos livres de UTI, que permanecem em 10 unidades, como na semana anterior. Os casos de srag necessitando de tratamento intensivo permaneceram no patamar de 12 registros.
18 regiões atuam sob cogestão
Das 21 regiões covid do Estado, apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba não aderiram ao sistema de cogestão do distanciamento controlado. As outras 18 adotam protocolos alternativos às bandeiras definidas pelo governo — Santa Maria, Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado.
As regiões em cogestão classificadas em bandeira vermelha podem adotar regras de bandeira laranja, e as classificadas em laranja podem adotar protocolos de bandeira amarela, basta que enviem protocolos próprios adaptados para aprovação da Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (Saam).
As regiões que não concordarem com a classificação do mapa preliminar podem enviar pedidos de reconsideração ao governo do Estado até as 6h de domingo (8).