Na já tradicional live que faz todas as quintas-feiras, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou ajustes nas novas medidas de distanciamento social no Estado para controle do coronavírus. Haverá mudança na contagem de óbitos, de leitos, além de outros indicadores. A partir da publicação de decreto com o novo modelo, o ponto de corte para a mudança da bandeira indicativa da situação de cada região também diminuirá.
– Observamos em algumas localidades o aumento no número de internações. Há mais pacientes internados com a covid-19 – alertou Leite, antes de passar a palavra para Leany Lemos, que coordena o Comitê de Dados do governo e detalhou as alterações.
Conforme Leany, as mudanças nos indicadores usados para calcular riscos e restrições em cada uma das 20 regiões do Estado ocorrem para facilitar a compreensão e também para que se evite o esgotamento do sistema de saúde.
Algumas das principais mudanças são:
- Contagem de óbitos: em vez de levar em conta o número de óbitos passados, na definição das bandeiras o governo vai levar em conta a projeção de óbitos para daqui a 14 dias.
- Mais rigor na troca de bandeira: hospitalizações por covid-19 provocarão elevação mais rápida de bandeiras. Por exemplo: até então, para passar de laranja para vermelha, precisava de aumento de hospitalizações de 50% a 100%. Pelas novas regras, aumento entre 20% a 50% causará subida.
- Leitos: mesmo critério das bandeiras será aplicado no ponto de corte dos "leitos disponíveis". Quanto menos leitos, o sistema será mais rigoroso ao indicar uma bandeira de maior risco a determinada região.
Leite também confirmou que o RS teve habilitados 314 novos leitos de UTI para hospitais que atendem pelo SUS.
– Com isso, já são 624 leitos de UTI habilitados no SUS desde o início da pandemia – disse o governador.
O governador também destacou que espera um segundo semestre ainda pior em termos econômicos.
– A conjuntura econômica é desfavorável. Estamos lidando com um cenário inédito. É muito forte o impacto na nossa economia, e sabemos que no segundo semestre será ainda maior. Essa crise econômica é um enorme desafio, mas não nos paralisa nem nos desanima.