Restritivas como as aplicadas em março, as novas medidas da prefeitura de Porto Alegre para conter o avanço do coronavírus voltam a suspender uma série de atividades, como o comércio, a indústria e a construção civil. Com isso, o Mercado Público da Capital voltará a operar com limitações.
De acordo com o novo decreto, publicado na madrugada desta terça-feira (23), o local deverá ser fechado, com "exceção dos restaurantes, estabelecimentos com comércio de alimentação e vendas de produtos alimentícios".
Para comércio e serviços, as alterações passam a valer nesta quarta-feira (24). Para o ramo da alimentação, a norma entra em vigor na quinta (25).
Dessa forma, a organização do espaço divulgou que a circulação de pessoas será limitada. Para isso, apenas duas portas estarão abertas — as localizadas no Largo Glênio Peres e na Avenida Borges de Medeiros — e terão contagem e aferição de temperatura do público. A ocupação máxima permitida será de 25% da capacidade total estipulada pelo Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI).
O horário de funcionamento do Mercado é de segunda a sexta, das 7h30min às 19h, e, aos sábados, das 7h30min às 18h30min.
O ingresso nas bancas será vedado, assim como a formação de filas nas suas portas.
— O Mercado não vai fechar, o que vai acontecer é que não vai ter acesso interno às lojas. Elas vão atender por um balcão. E a questão de não ter filas é porque terá um controle de acesso ao prédio — explica Adriana Kauer, presidente da Associação dos Permissionários.
O uso de máscaras continua obrigatório, e o local irá oferecer aos frequentadores dois dispositivos para higienização das mãos.
A partir de quinta (25), os restaurantes, lancherias e sorveterias só irão atender no sistema de telentrega (delivery) e pegue e leve (take away). O Mercado também está autorizado a funcionar 24 horas, a fim de evitar aglomerações. Já as confeitarias e padarias, como as demais bancas e lojas, prestarão atendimento com balcão.
Apesar de ter o fechamento determinado pelo texto, as exceções garantem o funcionamento da maior parte das bancas. De acordo com Adriana, das 106 lojas, apenas seis não se enquadram nos quesitos de alimentação: são floras e lotéricas.
— Como é para o bem da população, nós entendemos, mas a gente gostaria que o Mercado todo ficasse aberto, pois são tão poucas que não são de alimentação humana ou animal e todas estão seguindo os protocolos solicitados. É um sentimento que ficarão seis colegas para trás — diz Adriana.
De acordo com a Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), o local passou por uma desinfecção preventiva realizada por uma empresa contratada pela entidade.