Mais de 50 profissionais e pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) se mobilizaram em uma força-tarefa para buscar soluções para diferentes questões que envolvem a pandemia causada pelo coronavírus no país.
O grupo inclui docentes da Escola de Medicina, Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Escola de Humanidades, Escola Politécnica, Instituto do Cérebro do RS (InsCer), além de profissionais do Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) e do Hospital São Lucas.
Entre as medidas anunciadas pelo grupo está a de disponibilizar a estrutura da universidade, como os laboratórios do InsCer, para diagnósticos moleculares e a busca de avaliações mais rápidas e de menor custo, estudos de possíveis fármacos com abordagem computacional e em cultura de células, auxílio ao sistema de telemedicina para o Estado e possível uso de terapias avançadas - como terapia celular autóloga e análise por meio de inteligência geoespacial.
Além disso, o grupo se dispõe a discutir medidas preventivas à população e aos profissionais da saúde, aos estudos de mecanismos celulares e moleculares, além do apoio aos centros de referência nos diagnósticos de casos suspeitos.
Para o vice-reitor da instituição e coordenador da força-tarefa, Jaderson Costa da Costa, é momento de unir forças:
— Devemos juntos buscar estratégias e ações baseadas no conhecimento científico disponível e em pesquisas que iremos desenvolver para que resultados a curto prazo possam contribuir para sustar a progressão dessa pandemia e, assim, proteger nossa sociedade.
Primeiros resultados
A força-tarefa é composta por grupos de trabalho que atendem a diferentes demandas geradas pela expansão do vírus. Um deles é o grupo de inteligência, que busca subsidiar estratégias de gestão em health analyctics, por meio de inteligência geoespacial, artificial e plataformas digitais. Outra turma se propõe a desenvolver uma metodologia mais barata e ágil para detecção do coronavírus, visando atender à grande demanda da área de diagnóstico.
Em um dos grupos, voltado a equipamentos de segurança individual, a universidade afirma que já é possível destacar alguns resultados. Além das máscaras de proteção produzidas e entregues em diversas instituições da Capital, o grupo está desenvolvendo, no Tecnopuc, a análise técnica da produção de válvulas e componentes para respiradores. Além disso, trabalha na criação de uma cápsula de proteção (redoma) para ajudar profissionais da saúde que atuam no atendimento a pacientes infectados pela covid-19.