Imponente, majestosa, impressionante. São adjetivos como esses que vinham à mente a todo momento quando estivemos na Patagônia, em 2011 – um sonho de viagem desde a minha infância. Fui com minha mulher, Márcia, meu filho Rodrigo, na época com 12 anos, e um casal de amigos. E a realidade superou o sonho.
Estabelecemos como base El Calafate, a três horas de voo de Buenos Aires. Dali, fomos de carro a El Chaltén, a 213 quilômetros, para a nossa primeira aventura: encarar a trilha do cerro Fitz Roy. Começamos em 400 metros de altitude e chegamos ao topo, a 1,1 mil metros, após quatro horas de caminhada. O cenário é absurdamente lindo, no qual se misturam os picos nevados, o glaciar Fitz Roy e a Laguna (verde-esmeralda) de Los Tres. Rodrigo venceu esse desafio com louvor!
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Caminhadas em Perito Moreno e Torres del Paine são atrações da Patagônia
Voltando a El Calafate, conhecemos o glaciar Perito Moreno. Caminhar sobre a geleira, finalizando com um scotch servido com gelo dali, é dessas experiências que acalentam a memória. O passeio de barco em torno do glaciar também é uma opção emocionante, principalmente ao se observar os imensos blocos de gelo se desprendendo da geleira com um estrondo de trovão.
Seguindo nosso roteiro, rumamos para Torres del Paine, no Chile, a 211 quilômetros – há várias hospedagens dentro do parque, desde o sofisticado Explora até albergues para quem quer fazer as trilhas mais longas (três e cinco dias). A natureza em estado bruto, a vida animal em abundância, a imponência dos Cuernos del Paine – não há como não se maravilhar!
Ali, fizemos a trilha das torres, iniciando em 385 metros, na frente do Hotel de las Torres, e finalizando em 800 metros, após uma caminhada de nove quilômetros. Novamente, um cenário de cartão-postal que, instantaneamente, apaga todo o cansaço e o substitui por uma sensação de encanto, gratidão pela vida e reverência frente a tanta beleza.
Perfil: Antônio Pozzer, 51 anos, é médico em Porto Alegre
Lugares que conhece: Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Peru, Venezuela, Panamá, México, República Dominicana, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Itália, Espanha, Portugal, Suíça, República Tcheca, Alemanha, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia, Rússia, Egito, Turquia, Grécia, África do Sul, China, Japão, Índia, Austrália, Tailândia, Indonésia, Camboja, Vietnã, Malásia, Cingapura, Emirados Árabes, Irlanda e Escócia
Ainda quer conhecer: Israel, Islândia, Jordânia, Nova Zelândia, Havaí, Hungria, Alasca, Myanmar e Polinésia
Confira outros relatos:
Pampa Linda está localizada na Patagônia Norte, a cerca de 80 quilômetros de Bariloche. Está na zona do Cerro Tronador, uma das montanhas mais bonitas e imponentes da Argentina. No trajeto, descortinam-se outras belas montanhas e lagos, como o Cerro Bonete.
Rosângela Loeblein, de Campo Bom, em novembro de 2015
Para quem gosta de um pouco mais de aventura, como nós, o ponto alto da viagem à Patagônia está 200 quilômetros ao norte de El Calafate, em uma cidadezinha encravada na cordilheira chamada El Chaltén. Ali, você poderá fazer várias caminhadas por trilhas com distâncias de três a 25 quilômetros, ida e volta – todas gratuitas e feitas sem guias.
Edilson Valmir Benvenutti e Eliana Weber de Menezes, em fevereiro de 2011
Na Patagônia Argentina, não deixe de conhecer o Perito Moreno, em El Calafate. Você pode fazer trekking sobre as geleiras (há opções com durações e dificuldades diferentes) ou apenas observar a geleira a partir das várias plataformas ou em um passeio de barco.
Fernanda Generali, de Porto Alegre, em janeiro de 2014
San Carlos de Bariloche, porta de entrada da Patagônia Argentina, oferece a gama mais ampla de opções para o turismo, tanto convencional quanto de aventura, sendo um excelente destino durante todo o ano. É um lugar onde o tempo parece ter se detido para que os visitantes desfrutem da beleza eterna de suas paisagens mutantes. No Cerro Catedral, desfruta-se de uma ampla e belíssima vista da Cordilheira dos Andes.
Santiago e Maria das Graças Mascia, de Porto Alegre, em junho de 2015