Em Johannesburgo
Museu do Apartheid
É uma das paradas obrigatórias. Reserve pelo menos três horas para conhecer o museu e prepare-se para uma imersão dramática ao passado da África do Sul. Talvez esta seja a parte mais "hard" da viagem, mas acredito que é fundamental para entender causas e consequências do regime do Apartheid. Logo na entrada, os visitantes recebem tickets classificados aleatoriamente em "black" e "white", para indicar o portão de entrada. É apenas uma brincadeira espirituosa de "boas-vindas" para o que vem pela frente. A entrada custa 75 rands (R$ 19).
Foto: South African Tourism, divulgação
Arts on Main
Um espaço descontraído e com entrada gratuita no centro da cidade. Com lojas, brechós, museus, restaurantes e lanchonetes bem ao clima de comida de rua. Lá, consegui encontrar itens típicos da África do Sul, como lenços, geleia, doce de tomate, carne seca de antílope e suvenires. Dica para os cervejeiros: em um restaurante a uma quadra dali, o Pata Pata, experimentei a cerveja produzida no Soweto, a Soweto Gold, oriunda da primeira cervejaria construída no bairro negro - que hoje virou cidade. Bem encorpada e com um toque artenasal. Vale provar.
Em Soweto
Casa de Mandela
Quem está em Johannesburgo não pode perder a chance de visitar a casa em que Nelson Mandela viveu por 14 anos. Localizado na cidade ao lado, Soweto, o imóvel - com dois quartos, sala, uma cozinha e o banheiro na rua - segue o padrão de outros tantos construídos pelo governo para abrigar os negros em Soweto e tirá-los de Johannesburgo, centro econômico da África do Sul.
Foto: Chris Bryant, South African Tourism, divulgação
A família de Mandela morou ali de 1946 a 1990 - ele bem menos, devido às quase duas décadas passadas na prisão. A casa foi queimada duas vezes pela polícia. De perto, pude ver sinais de fogo no teto e no chão. As paredes externas têm guardados os buracos das balas. A cama ainda mantém a coberta e o travesseiro, e o sofá está intacto.
No dia em que visitei, paguei o ingresso de 60 rands (R$ 15). Ao sair da casa, vale dar uma caminhada pelo bairro onde Mandela viveu e perceber como o local, que de forma alguma lembra um gueto, desenvolveu-se nas últimas décadas.
Posted by Jeniffer Gularte on Segunda, 16 de março de 2015
A casa de Nelson Mandela em um minuto #meetsouthafrica #soweto #madiba #nelsonmandela
Em Sandton City
Mandela Square
Uma escultura imponente de Nelson Mandela, que ainda atrai filas de sul-africanos para fotos, recebe os turistas na Mandela Square. Para quem chega a Sandton City, cidade vizinha a Johannesburgo, essa é a primeira parada obrigatória para entender como funciona o centro econômico do país. Vale ressaltar que bares e restaurantes fecham relativamente cedo à noite para os padrões do Brasil, então é preciso se adiantar para jantar. Por volta das 22h, já não há mais pessoas caminhando na cidade. E também é proibido circular pelas ruas tomando bebidas alcoólicas, sob pena de prisão.
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O que comer
- Carne de antílope é um dos pratos mais servidos em restaurantes. Também não deixe de provar carnes de coelho e tártara. Na Cidade do Cabo, famosa por ter frutos do mar frescos, gostei de marisco, lula, mexilhão e camarão.
Preste atenção
- Não é necessário ter visto para visitar o país. É obrigatório, porém, fazer a vacina contra a febre amarela e ter certificado de vacinação internacional, que você consegue na Vigilância Sanitária dos aeroportos.
- A desvalorização da moeda sul-africana em relação ao real é um dos grandes baratos da viagem. Ao comprar no câmbio, cada rand custa, em média, R$ 0,30. A moeda pode ser adquirida em casas de câmbio do Brasil ou em aeroportos.
- O ar é seco em toda África do Sul, se comparado aos padrões de umidade do Rio Grande do Sul. Para não ressecar os lábios, abuse da manteiga de cacau, principalmente em Johannesburgo. Das cidades sul-africanas que visitei, foi a que senti o ar mais seco.
- Embora o risco de malária seja mínimo nas savanas, é recomendado usar repelente em todo o corpo durante o safári. Ainda assim, nos quatro que fiz, não vi ou senti mosquitos por perto.
- As estações da África do Sul são muito semelhantes às do Brasil, porém, à noite, costuma fazer frio até mesmo no verão. Viajei no começo do outuno e percebi bem esse efeito.
- Não vale a pena ativar pacote de 3G internacional. Em todos os locais que visitei, inclusive na Table Mountain, o sinal de wi-fi é bom e fácil de acessar.
*A repórter viajou a convite da South African Tourism e South African Airlines