Maragogi reforça a máxima de que as praias alagoanas são as mais incríveis do Brasil. Com areia esbranquiçada e água quente de coloração azul-esverdeada, tem como atração principal as chamadas galés (piscinas naturais de, no máximo, um metro e meio de profundidade). A água é cristalina, mesmo estando em alto-mar.
Com quase 30 mil habitantes, Maragogi é equidistante de duas importantes capitais nordestinas, Maceió (Alagoas) e Recife (Pernambuco). Por volta das 4h55min, já é possível ver os primeiros raios de sol.
Millôr Fernandes costumava dizer que as nuvens eram "leviandades da criação", mas, em Maragogi, ao longo de todo dia, elas são a certeza de que o tempo está convidativo para um mergulho no mar ou simplesmente para um passeio.
Maragogi lhe reserva 22 quilômetros de litoral. Para desbravar as belezas praianas, é aconselhável contratar buggies. Por R$ 200 a R$ 300, o bugueiro, como é chamado, guiará o visitante em passeios que incluem opções para mergulho a paradas estratégicas, e importantes, para comer. É fundamental carregar consigo água e protetor solar - o sol será seu companheiro inseparável.
Foto: Ahmaja, divulgação
Das galés ao peixe-boi
Não deixe de passear pelas galés (piscinas naturais) em catamarãs ou jangadas. Ali, com máscaras e respiradores, é possível observar o hábitat dos peixes. Mas tenha cuidado: não queira interagir com o ecossistema dos corais. Os recifes são sensíveis e, se tocados, podem morrer, além de deixar cortes ou queimaduras no turista. Os mergulhadores são categóricos ao dizer ainda em terra: "Aqui, vocês são os intrusos".
Outra boa pedida é visitar o peixe-boi. Para isso, é preciso ir até a região do Porto de Pedras, a 30 quilômetros de Maragogi. Lá, após um longo passeio de buggy, sobe-se em uma jangada, na companhia de um guia, para ficar à espera do mamífero de meia tonelada. É preciso marcar horário - a capacidade máxima é de 10 turistas por vez.
Foto: Sérgio Fecuri, divulgação
A gastronomia
Com valores de R$ 40 a R$ 120, o turista poderá desfrutar banquetes com pratos típicos à base de frutos do mar. Em um dos restaurantes à beira-mar, há uma porção generosa de filé de peixe grelhado com camarão ao coco, arroz e purê a R$ 59.
Outro atrativo culinário é o chamado bolinho de goma. O nome realmente não é condizente com a delícia que é tal doce, feito diariamente por um grupo de 10 mulheres da localidade de São Bento, a três quilômetros de Maragogi. Elas moldam o formato do biscoito com o auxílio de uma tesoura. A iguaria é feita com manteiga, leite de coco e uma espécie de polvilho. Ainda melhor é experimentar quando sai uma fornada quentinha.
*O repórter viajou a convite do resort Salinas Maragogi