Pegue uma orla de dois quilômetros em formato de meia-lua, adicione lagoas, montanhas e mata atlântica exuberante, misture montes de gente bonita e finalize com toques de rusticidade e pitadas generosas de requinte. Essa é a fórmula que tanto encanta o visitante da Praia do Rosa, uma localidade que fica em Imbituba mas mais parece fora do tempo e do mundo.
Com ritmo e estilo próprios, o espírito em cartaz no Rosa tem muita influência de integração e respeito com a natureza que a cultura do surfe dissemina por lá. Outra característica inerente ao DNA do Rosa: por lá não rola ostentação, mesmo nas pousadas mais requintadas, o luxo é substituído pelo conforto e por uma atmosfera rústica-chique.
Uma dica: se está em busca de tranquilidade e relax, evite os feriadões de Ano-Novo e Carnaval, quando a praia lota, engarrafamentos se formam na estradinha principal e o sagrado silêncio é quebrado dia e noite. No restante do ano, mesmo que seja verão, o Rosa desfila tranquilo, fazendo esquecer relógio e calendário.
Destino democrático
Da simplicidade das ruas de chão de terra ao requinte dos pratos servidos nas mesas dos sofisticados restaurantes. Da natureza exuberante e praticamente intocada às charmosas pousadas recheadas de conforto. Dos surfistas que madrugam em busca da onda ideal no canto norte aos baladeiros que buscam o Rosa em função dos agitados barzinhos e das beldades que por lá circulam. Das famílias de argentinos aos casais em lua de mel. O Rosa é feito de opostos e tudo isso faz do local um destino democrático, que agrada diferentes perfis de visitante, com variados orçamentos e intenções.
Muita gente acredita que o batismo do lugar veio do céu ao entardecer, que assume um tonalidade cor-de-rosa deixando tudo ainda muito mais encantador. Mas a história do nome da praia surgiu na década de 1970, quando o Rosa tinha mais carros de boi do que automóveis e exibia canoas no mar ao invés pranchas, o pescador local Durvino Rosa tornou-se referência por ajudar andarilhos e surfistas socorrendo-os com algo para comer, água e sombra. Nessa época, o Rosa era um reduto hippie que atraia sobretudo gaúchos e argentinos aventureiros que acampavam na praia.
Rosa esporte clube
O surfe é um dos principais esportes praticados no Rosa. As ondas variam entre meio e três metros e são constantes já que o vento sul favorece a prática no Rosa Sul, enquanto com vento nordeste, a opção dos surfistas é o Rosa Norte.
Para quem quer aprender, o Rosa pode ser um bom começo já que conta com uma lagoa de águas bem calminhas em frente ao mar. Ali é mais fácil ficar de pé na prancha antes de encarar o mar. Cada aulas de surfe custa entre R$ 40 e R$ 50.
Para quem prefere ficar em terra firme, uma boa dica são as cavalgadas ao entardecer. A pousada Vida Sol e Mar oferece o programa para não-hóspedes. São duas rotas: uma mais longa que vai até o Siriú e outra que leva às dunas do Ouvidor. Os passeios custam R$ 40.
Também existem inúmeras trilhas no Rosa. Uma delas, a do Caminho do Rei percorre a estrada de mesmo nome, passando por pousadas e restaurantes, antes de chegar à vizinha Praia do Luz por uma trilha. Se ainda tiver fôlego, pode seguir até a barra de Ibiraquera, onde o banho de lagoa é uma ótima opção.
No outro extremo do Rosa, há a trilha da Praia Vermelha, que une o canto norte a Praia Vermelha por um costão de pedras.
Passeio de barco
A Praia do Rosa faz parte de uma Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (APA). De junho a novembro, as baleias-francas migram para a região de Imbituba e Garopaba para procriar e amamentar seus filhotes. Da própria praia ou das varandas das pousadas é possível avistá-las se exibindo no mar.
Mas para vê-las de pertinho, invista em um passeio embarcado para observação. Durante o verão, mesmo sem os cetáceos na região, o mesmo barco leva para um tour que vai até a Pinheira com uma parada no Ilhote do Siriú para um refrescante banho de mar. O passeio custa entre R$ 36 e R$ 56, dependendo da duração e do trajeto.