A presença de uma tartaruga na beira da praia em Capão da Canoa atraiu o olhar de veranistas no final da tarde desta segunda-feira (15). Fragilizado, o animal marinho acabou morrendo.
Conforme a bióloga Carine Campos Trigo, integrante do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar/UFRGS), a morte de tartarugas marinhas e seu consequente encalhe no litoral gaúcho é muito comum, principalmente na primavera e no verão.
— O indivíduo da foto é uma tartaruga-cabeçuda, que é a espécie que mais encalha em nosso litoral. Temos cinco espécies de tartarugas marinhas que utilizam a nossa costa como área de alimentação. Estas cinco espécies estão ameaçadas de extinção — alertou a bióloga.
Ela explica que duas espécies são mais frequentemente encontradas em nossas praias: a tartaruga-cabeçuda e a tartaruga-verde.
— A tartaruga-cabeçuda morre em redes de pesca, onde é capturada acidentalmente. Normalmente tartarugas desta espécie utilizam nosso litoral em suas fases sub adultas e adultas — descreveu a especialista.
Como proceder
Ao avistar um animal marinho na costa, a pessoa deve alertar a Brigada Militar (BM) ou a prefeitura do município para que o resgate seja providenciado de forma célere.
No caso de Capão da Canoa, conforme o secretário de Meio Ambiente, Adão Carvalho, servidores municipais estão orientados a acionar a Patrulha Ambiental da BM.
Quando resgatados com vida, os animais são levados a centros de estudos, como o Ceclimar, e após sua recuperação são reinseridos em habitat natural.