O primeiro lote com 10 mil pulseiras de identificação para as crianças que estiverem nas praias gaúchas foi entregue para o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) na sexta-feira (5). O ato ocorreu em Tramandaí e faz parte da ação da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) na Operação Verão 2023-2024, intitulada Criança Segura. Depois disso, os itens começaram a ser enviados para os guarda-vidas, que irão abastecer as guaritas com as pulseiras e repassar aos interessados.
A iniciativa tem o objetivo de reduzir os casos de crianças perdidas na beira das praias. Somente na Operação Verão de 2022-2023, foram 867 registros de crianças em situação de risco ou perdidas.
Além da distribuição, os guarda-vidas farão o registro dos dados de cada criança e dos responsáveis que solicitarem a pulseira. As informações serão colocadas em uma planilha para facilitar o processo de localização dos responsáveis.
No total, a SJCDH disponibilizará 50 mil unidades. As entregas serão realizadas em diferentes lotes durante a Operação Verão 2023-2024.
Em Torres, pulseira ajudou família a localizar menina
Na manhã deste sábado (6), a família Ribeiro César, residente no Vale do Sol, na Serra, passou por um grande susto enquanto estava na Praia Grande, em Torres, no Litoral Norte. A filha do casal Cassiane Inajara César e Washington Ribeiro, Júlia, de seis anos, brincava de castelinho na areia quando foi até o mar buscar água. Neste curto espaço de tempo, a menina se perdeu da família.
A situação que podia ser traumatizante para todos acabou rapidamente resolvida. Isso porque a menina estava com a pulseirinha de identificação, distribuída gratuitamente pelos guarda-vidas.
Ela foi encontrada por outras pessoas, que levaram a menina até a casinha dos guarda-vidas. No local, os guarda-vidas colocaram uma segunda bandeira, que indica que uma criança foi encontrada na praia.
—É a primeira vez que colocamos a pulseirinha nela. Eu vi a reportagem na TV que estavam distribuindo e disse para minha mãe ir buscar uma. Parecia que eu estava adivinhando — relatou Cassiane.
Na pulseirinha, há espaço para colocar o nome da criança e um telefone de contato do responsável. Mesmo molhada pela água do mar, as informações não são apagadas.
Para ter acesso às pulseiras, as famílias das crianças deverão fazer a solicitação com um guarda-vidas. Ele fará o registro dos dados da criança e dos seus responsáveis e disponibilizará o item.
Dicas de segurança
- Utilize as pulseiras de identificação;
- Não deixe as crianças sozinhas na praia;
- Combine um ponto de referência com elas, como o posto de salvamento;
- Ensine as crianças a bater palmas caso não visualizem os responsáveis;
- Coloque roupas chamativas para identificá-las mais facilmente;
- Em caso de desaparecimento, procure os órgãos oficiais de segurança.