Mais da metade dos pontos das praias em Santa Catarina estão em condição de receber banhistas. Dos 237 trechos analisados semanalmente pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), 123 estão próprios para banho, o que representa 51,8%. O número de locais impróprios é menor do que semana passada. Cerca de 114 áreas, o que representa 48,1% do total analisado, receberam o sinal negativo do IMA, em balanço publicado nesta sexta-feira (20).
Na semana anterior, o número de pontos impróprios era 116. A quantidade já era um avanço em relação aos dados de duas semanas atrás, quando 124 áreas não estavam em condições de receber banhistas. A balneabilidade preocupa as autoridades e os banhistas porque, desde a primeira semana de janeiro, oito cidades do Estado vizinho enfrentam um surto de doença diarreica aguda (DDA).
A Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, em Santa Catarina, informou nesta sexta-feira (20) que resultados preliminares apontam que o surto de diarreia na cidade é causado pelo norovírus. Em Florianópolis, já são 3,2 mil casos confirmados. Dos 87 pontos analisados na Capital catarinense, 44 estão impróprios para banho, o que representa 50,5% do total. Na semana passada, eram 46.
Balneário Camboriú, com apenas quatro dos 15 trechos próprios para banho, também apresentou casos de diarreia. A situação da cidade conhecida pela roda gigante permanece a mesma da semana anterior. As cidades de Garopaba, Jaguaruna, Imbituba, Laguna e Palhoça receberam o sinal positivo em todos os pontos e, até o momento, não tiveram casos confirmados de DDA.
De acordo com o IMA, um local é considerado impróprio para banho quando houver mais de 800 bactérias Escherichia coli por 100 mililitros em mais de 20% de um conjunto de amostras coletadas nas cinco semanas anteriores. Ou quando, na realização da última coleta, o resultado for superior a 2 mil por 100 mililitros. Essas bactérias vivem no intestino humano. A metodologia e o histórico de balneabilidade dos pontos podem ser consultados neste site.