Incêndios como os casos registrados em áreas com vegetação em Cidreira, nesta segunda-feira (27), e em Capão da Canoa, no sábado (25), preocupam o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) no Litoral Norte. Desde o início da Operação Verão, dia 18 deste mês, foram registradas 87 ocorrências, o que representa quase o dobro do mesmo período da temporada passada.
Além do prejuízo ambiental e do risco de atingir residências, a fumaça, em casos na beira de estradas, pode prejudicar a visibilidade de motoristas. Os dados dos bombeiros são até domingo (26) e, neste início de reforço de efetivo no combate a incêndios, houve uma média de nove casos diários.
Os 87 registros representam uma elevação de 93% em relação às ocorrências registradas nos nove primeiros dias do verão passado, quando houve 45 casos no Litoral Norte. No mesmo período, em todo o Rio Grande do Sul, foram 1.149 registros desde o dia 18 de dezembro deste ano. Na temporada passada, nos mesmos dias, foram 702 ocorrências de combate a incêndio.
O chefe de operações do CBM, tenente-coronel Isandré Antunes, diz que são vários tipos de atendimentos, mas a maioria dos casos é de fogo em matas, seguido de incêndio em imóveis. Nesta segunda-feira, os bombeiros combatem um incêndio em uma área de vegetação em Cidreira. As chamas atingiram uma floresta de pinus e a fumaça alta foi vista por quem estava, inclusive, na beira da praia. Até as 15h30min, não havia feridos.
No sábado (25), foi usada até uma aeronave para combater as chamas em área verde em Capão da Canoa, nas imediações da Estrada do Mar. O fogo e a fumaça, que prejudicou a visibilidade de vários motoristas que ingressavam nas praias,ocorreram na parte da manhã e da tarde.
Antunes destaca que os principais fatores para esses focos de incêndio são sol forte, alta temperatura, pouco registro de chuva e vegetação seca, aliados à possibilidade de cigarros e cacos de vidro jogados nas áreas verdes.