Horas antes da virada do ano, uma convidada indesejada chegou para atrapalhar a festa de veranistas e moradores de Capão da Canoa: a chuva. Para que ninguém perca a hora, foi instalado um grande cronômetro ao lado do palco principal, no Largo do Baronda. Mas grupos pequenos de pessoas ocupavam o local por volta de 20h30min, muitos usando capas de chuva.
Antes das 19h30min, quando ainda não havia começado a chover, já havia movimentação no entorno do palco. Vindos de Teutônia, no Vale do Taquari, e de Carlos Barbosa, na Serra, duas irmãs e seus maridos chegaram antes das 19h para procurar um lugar. Vestidos de branco e sentados em cadeiras de praia, eles aguardavam os shows:
— É a primeira vez que a gente vem para a virada em Capão da Canoa e disseram que tem muita gente. Aí viemos para garantir lugar, com cerveja e espumante — conta a costureira Rose Bastian, 46 anos, acompanhada do marido Roni Schmidt, 49.
Os casais já têm desejos para 2020 e para a festa da virada:
— A gente espera muita festa, muita paz. Que seja uma virada sem tumulto e sem agressões. E que não chova forte — deseja a funcionária pública Sirleni Horst, 49 anos, na companhia do marido Celso Horst, 51.
O pedido de Sirleni não se confirmou. Perto das 20h, a cidade chegou a registrar chuva forte, mas a intensidade diminuiu 30 minutos depois. O mau tempo dispersou parte das pessoas que aguardavam no local:
— Vendo balões luminosos, e a chuva atrapalha muito, porque os principais compradores são crianças. Estraga o movimento. Mas também tenho capa de chuva para vender — conta o vendedor Adão de Oliveira Pereira, 58.
A advogada Priscila Bitelo, 29 anos, dançava sozinha em frente ao palco enquanto a chuva caía, por volta de 20h30min. A jovem aguardava os amigos que virão de outras praias.
— A gente optou por vir pra cá porque tem mais movimento. Tem uma energia legal, mesmo com chuva, azar — brinca.
A prefeitura espera cerca de 400 mil pessoas curtindo a virada do ano na beira da praia e no calçadão de Capão da Canoa. Um show de fogos de artifício deve colorir o céu quando o relógio marcar meia-noite.
O espetáculo luminoso, com duração de 15 minutos, será menos barulhento do que em outros anos. Segundo a prefeitura, o show não passará dos cem decibéis. O objetivo é antecipar-se e adaptar-se à legislação estadual, ainda não regulamentada. Além dos fogos com estampido mais suave, o Executivo optou por evitar os rojões.
Já em Xangri-Lá, não haverá shows promovidos pela prefeitura. Os pontos com maior concentração de pessoas devem ser os bares e as casas de festas, especialmente na praia de Atlântida. Até as 20h30min, contudo, o movimento ainda era baixo — a movimentação deve se intensificar somente depois das 22h.
Capão da Canoa
21h - DJ Jipp
0h - Os Travessos
Local - Largo do Baronda
Capão Novo
0h - Jackson Machado
Local - À beira-mar, junto ao conhecido “palcão”
Arroio Teixeira
0h - Bernardo Fortes
Local - Rua Maracanã, no Centro
Curumim
0h - Grupo Relax
Local - Rua Charruas, no Centro