Equipes das prefeituras de Imbé e Osório, no Litoral Norte, trabalharam até as 3h deste domingo (21) para recolher os peixes mortos que começaram a aparecer nas areias de Atlântida Sul, Albatroz, Santa Teresinha e Mariluz na sexta-feira (19). Segundo o Batalhão Ambiental da Brigada Militar, a quantidade de espécies mortas chegou a 25 toneladas.
Os números finais foram divulgados neste domingo. Três caminhões lotados foram levados para o aterro sanitário de Tramandaí.
No sábado pela manhã, veranistas que caminhavam pela orla foram surpreendidos com o aparecimento dos peixes. São animais da espécie bagre — em extinção, tem pesca proibida no Rio Grande do Sul desde 2014.
Relatos de moradores e veranistas indicam que barcos de arrasto foram vistos na região pouco antes de os peixes aparecerem na areia. Uma das suspeitas é de que pescadores tenham descartado os animais temendo serem flagrados pela fiscalização.
— É uma das possibilidade, mas estamos encaminhando um relatório para a Marinha e para o Ibama para que o caso seja apurado — disse o capitão João César Verde Selva, do Comando Ambiental da Brigada Militar.
Amostras também foram encaminhadas para o Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) para apurar se os bagres estavam contaminados.