Uma ação conjunta da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e da Polícia Civil promoveu um mutirão para averiguar possíveis fraudes de energia elétrica em praias do Litoral Norte. A operação, que faz parte da campanha Fez gato, pagou o pato, saiu do centro de Capão da Canoa para fiscalizar diversos pontos de comércio.
Ao todo, a ação vai visitar 192 estabelecimentos para verificar a situação em que se encontram.
— A CEEE não quer desatender, mas sim regularizar. Se tiver fraude, retiramos a ligação — explicou o gerente regional do Litoral Norte, José Antônio Corrêa e Andrade.
Em Capão Novo, houve pelo menos duas prisões até as 15h. Ambas estavam com uma ligação direta de energia, e um deles não contava com relógio. Também foi registrada uma prisão em Xangri-lá e uma em Capão da Canoa.
— Essas pessoas são conduzidas para a delegacia para a lavratura de prisão em flagrante — disse o delegado que acompanhou a ação, Luciano Peringer, titular da DRCP/DEIC.
Além de ser crime passível de prisão, fraudes na energia elétrica ainda trazem riscos à segurança, pois as ligações são feitas fora de um padrão. Outro problema, indica Andrade, é que esse tipo de furto gera concorrência desleal:
— Eles acabam fazendo ofertas muito melhores por não pagarem a energia, enquanto quem é regular paga por isso. Além de causar perturbação da rede, prejudicando quem está com tudo em dia — afirmou.
O mutirão, que começou na manhã desta terça-feira (30) e deve seguir ao longo da tarde, contou com 34 equipes da CEEE de Osório e Porto Alegre e mais 10 membros da Polícia Civil.
De acordo com dados da CEEE, as perdas anuais da Companhia em decorrência de fraudes chegam aos R$ 200 milhões, o que representa 750.942 MWh – o suficiente para abastecer Porto Alegre por dois meses.