A Secretaria Estadual de Segurança Pública prevê contratar até 600 guarda-vidas temporários para atuarem na Operação Golfinho no Rio Grande do Sul, prevista para acontecer entre 16 de dezembro e 4 de março. Com a contratação, o objetivo do Corpo de Bombeiros é suprir parte do déficit no número de militares que iniciaram o treinamento nesta quarta-feira (1º). Há 21% menos participantes do que o considerado ideal.
O primeiro período de treinamento segue até o dia 20 de novembro, e o segundo ocorre de 21 de novembro a 10 de dezembro. No total, 1.035 militares (758 policiais e 277 bombeiros) iniciaram o curso. O necessário, no entanto, seria um total de 1.316 profissionais para atender as 329 guaritas. Esta redução costuma ser preenchida com a contratação de bombeiros civis, como explica o chefe da divisão de operações do Corpo de Bombeiros Militar, major Rodrigo Dutra:
— Nós trabalhamos com este déficit de 21% antes mesmo do começo da operação. Todos os que tinham habilidade foram chamados para treinar. Tentamos sempre completar o efetivo com os bombeiros temporários, mas isso nunca aconteceu, porque os gaúchos não têm o hábito de se inscrever. Se não chegarmos ao total necessário, com certeza haverá guaritas vazias, seguindo o planejamento de desmobilização. O ideal seria ter o total de militares, mas não podemos desguarnecer as cidades do Interior — detalha.
Do total de militares que iniciaram o treinamento, nem todos devem participar da operação, já que alguns não são aprovados ou não têm liberação do comando da Brigada Militar ou dos Bombeiros. O mesmo ocorre com a previsão de guarda-vidas civis: além de dificilmente o número chegar a 600, nem todos passam no treinamento.
O edital para a contratação dos civis está em análise pela Procuradoria-Geral do Estado e deve ser aberto na próxima semana. Os salários são de R$ 4 mil e, para tornar a seleção mais atrativa e acessível, os exames médicos foram simplificados.
Os treinamentos ocorrem em Torres, Capão da Canoa, Tramandaí e Cidreira, no Litoral Norte, em Rio Grande, no Litoral Sul, e em Santa Maria e Porto Alegre, em águas internas. A Operação Golfinho abrange 228 guaritas no Litoral Norte, 30 no Litoral Sul e 71 em águas internas.
Guarda-vidas
O Comando dos Bombeiros emitiu uma ordem para todos os batalhões nesta quarta-feira (1º) informando que a nomenclatura “guarda-vidas” passará a ser utilizada em substituição a “salva-vidas”.
— O objetivo é nos adequarmos ao padrão nacional, que usa o termo guarda-vidas. Nas camisetas, ainda está escrito salva-vidas porque elas já estavam sendo feitas. Mas toda a documentação já teve o nome alterado.