No dia 19 de dezembro, enquanto Gabriel Medina se preparava para cair na água e disputar a etapa decisiva do campeonato mundial de surfe, uma família tinha um motivo a mais para torcer pelo feito inédito do brasileiro.
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Os avôs Fátima e Érico Martins Ramos haviam comprado um curso de surfe para os netos, os gêmeos Gustavo e Juliano e, naturalmente, o presente de Natal teria um outro significado com a vitória do paulista nas ondas de Pipeline, Havaí.
Medina conquistou o campeonato, e, entusiasmados, os garotos de 12 anos caíram nas águas de Capão da Canoa logo após o Natal. Atuando como instrutor desde 1981, o professor dos meninos, Alexandre Bidart, espera receber 400 alunos na alta temporada do verão, de janeiro a fevereiro. O número é alto, mas não tem ligação apenas com a vitória de Medina. O esporte vem crescendo nos últimos anos - um movimento que os avôs dos gêmeos perceberam intuitivamente ao embalar o pacote de aulas para o Natal dos netos mesmo antes do título do paulista -, e a vitória de Medina só catalisou todo esse interesse.
O professor de surfe Felipe Raupp, de Torres, também viu a onda se formando no horizonte.
- É notória a maior procura pelo surfe no mundo inteiro, inclusive em lugares antes inimagináveis, como Irlanda e Escócia. E, agora, com certeza, vai explodir - conta.
Para Raupp, a repercussão provocada pelo jovem campeão brasileiro deve revolucionar o esporte no país, que sempre se destacou nas manobras, mas nunca havia conquistado um mundial do WCT, a elite do surfe mundial:
- Todos que gostam de surfe no Brasil estavam com o grito preso na garganta.
A contribuição de Medina vai além: deve ajudar a melhorar a imagem do esporte, ainda mais com um garoto-propaganda com cara de bom moço.
- Há muitos anos há um trabalho conjunto para acabar com o estigma de que o surfe é coisa de vagabundo - diz Raupp.
Em 2014, os gêmeos Gustavo e Juliano já haviam ganhado do pai, surfista na juventude, as pranchas. Já nas primeiras aulas conseguiram ficar em pé. Sentiram na pele um pouco da adrenalina que é flanar sobre as ondas.
Escolas de surfe:
Escola Gaúcha de Surf
escolagauchadesurf.com
Fone: (51) 9951-0324
Atende: Atlântida
Surf Basic
surfbasic.com.br
Fone: (51) 8432-553
Atende: Capão da Canoa, Xangri-lá e Atlântida
Escola de Surf Felipe Raupp
frsurf.com.br
Fone: (51) 9991-4049 / (51) 3664-1773
Atende: Torres
Escola de Surfe Primeira Onda
facebook.com/EscolaDeSurfePrimeiraOnda
Fone: (51) 9734-1464 / (51) 9132-5048
Atende: Tramandaí