Após mais de sete décadas vivendo dentro de um “pulmão de ferro”, o norte-americano Paul Alexander faleceu na última segunda-feira (11), aos 78 anos. Vítima de uma epidemia de poliomielite aos seis anos, ele foi a pessoa a viver mais tempo com uso da máquina, marca registrada no Guinness World Record (Livro dos Recordes), de 2022.
De acordo com o g1, Paul Alexander teria morrido em decorrência de uma infecção causada pelo vírus da covid-19. Christpher Ulmer, youtuber que entrevista pessoas com deficiência em seu canal, confirmou a morte.
“Sua falta será sentida, mas sempre lembrada. Obrigado por compartilhar sua história conosco”, escreveu Chris.
A máquina utilizada por Alexander por 72 anos pressiona o pulmão a realizar os movimentos necessários. A pessoa que necessita do uso fica apenas com a cabeça e o pescoço para fora do aparelho. Dentro da câmara fechada, uma bomba altera a pressão do ar para provocar as contrações do músculo.
Viral e infecciosa, a poliomielite é transmitida através do contato com pessoas, água ou alimentos contaminados. A doença afeta o sistema nervoso central e pode causar a paralisia permanente do pulmão, como no caso de Paul.
Trajetória
Nascido em Dallas, no Texas, Paul Alexander foi diagnosticado com poliomielite quando tinha seis anos, durante uma epidemia que atingiu o país no início da década de 1950. Aos 21 anos, tornou-se a primeira pessoa a concluir o Ensino Médio na cidade sem nunca ter assistido uma aula presencialmente. Cursou Direito na Universidade do Texas, em Austin, e exerceu a função.
Alexander tornou-se defensor das pessoas com deficiência e um nome inspirador no mundo todo. Para contar sua história, publicou o livro Três Minutos Para Um Cachorro: Minha Vida Em Um Pulmão De Ferro.
“Paul foi para a faculdade, tornou-se advogado e autor publicado. Sua história viajou muito, influenciando positivamente pessoas ao redor do mundo. Paul foi um modelo incrível que continuará a ser lembrado”, finalizou Chris Ulmer.