O uso das chamadas pistolas de água e acessórios similares está proibido no Carnaval e em festas populares da Bahia. Isso ocorre por conta de uma lei aprovada em junho do ano passado e sancionada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) na tarde de segunda-feira (29). As informações são do G1.
A norma estipula que o material seja apreendido, mas o folião não sofrerá penalidades, a menos que desobedeça o recolhimento do produto. Os objetos apreendidos serão destinados para reciclagem em uma cooperativa.
— A gente acredita na prevenção e na sensibilização das pessoas para acabar com esse tipo de violência machista e misógina dentro do nosso Carnaval, que é uma festa linda e o mundo ama — disse ao G1 Elisângela Araújo, titular da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM).
A lei 14.584 começou a ser discutida após um registro de agressão no Carnaval de 2023, em Salvador, quando uma mulher foi atingida por jatos de água e empurrada diversas vezes por um grupo de integrantes do tradicional bloco As Muquiranas.
Com a repercussão do episódio, políticos e artistas se manifestaram contrários ao uso dos objetos, entendidos por eles como ferramentas para situações de assédio e desrespeito.
Por meio de nota, o governo da Bahia disse dialogar com diretorias de blocos, agremiações e organizações vinculadas aos Carnaval para que sejam adotadas iniciativas capazes de impedir a utilização das pistolas nos eventos.