Pessoas que passavam nesta terça-feira (23) pela Praia do Cassino, em Rio Grande, puderam observar cena curiosas com um elefante-marinho. É que os funcionários do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) o estavam direcionando para um local seguro após seu banho no mar.
O animal foi detectado pela primeira vez na praia na última terça-feira (16) e desde então usa o local para descansar em terra, com eventuais entradas no mar para se refrescar, explica a coordenadora do Cram, Paula Canabarro.
O procedimento, flagrado por volta das 14h30min pelo fotógrafo Fábio Gomes, é feito com a ajuda de escudos de proteção e ocorre sempre que o animal toma banho de mar e volta para uma área com maior presença de veranistas e veículos. A equipe do Cram, então, redireciona o bicho para uma área considerada segura, de forma a evitar o estresse do elefante-marinho e garantir a segurança das pessoas, já que não se pode prever o comportamento do animal.
— Ele é um animal selvagem. Ao se sentir ameaçado, pode acabar tendo uma reação inesperada — explica Paula.
Por fim, a área em volta do animal é isolada, descreve a coordenadora.
De acordo com Paula, o elefante-marinho tem ido para a água uma vez por dia. Hoje ele foi tomar banho duas vezes. Estas saídas são um sinal de que o animal está ativo e bem, diz Paula.
Como a Praia do Cassino tem ambiente semelhante às da Patagônia, o animal a considera favorável para descanso. Não é possível prever por quanto tempo ele vai ficar. Outra possibilidade é de que ele esteja parando para o seu período de troca de pelo.
O animal é macho, saudável e tem aproximadamente três metros.
As orientações das autoridades ambientais são de que as pessoas devem manter distância do elefante-marinho, não alimentá-lo, evitar fotos com flash e não levar animais de estimação para perto dele.
*Colaborou: Joanna Manhago